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Boris Johnson confirma fim de restrições como máscara e distanciamento

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EPA/ANDY RAIN / POOL

O uso de máscara em espaços públicos fechados e o distanciamento social vão deixar de ser obrigatórios por lei, afirmou hoje o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, ao confirmar que o desconfinamento vai avançar em 19 de julho. 

Apesar de o número de casos de covid-19 continuar a aumentar no país, Johnson disse que a maioria das pessoas hospitalizadas não estava vacinada e que o número de mortes continua reduzido. 

"Temos de contrabalançar os riscos da doença, que as vacinas reduziram, mas que não eliminaram, e os riscos de manter as restrições impostas por lei que inevitavelmente terão impacto na vida das pessoas, trabalhos e saúde e saúde mental", justificou. 

A partir de 19 de julho, o Governo vai adotar uma "nova abordagem", em que se dá ênfase às recomendações sobre o comportamento, mas caberá às pessoas tomar uma "decisão informada". 

Dentro de duas semanas, atividades até agora proibidas, como discotecas, serão autorizadas a reabrir, e vão deixar de existir limites ao número de pessoas que se podem reunir ao ar livre (atualmente grupos de 30) ou em espaços fechados, como em casa ou em restaurantes (atualmente grupos de seis). 

Entretanto, a vacinação vai ser acelerada, reduzindo o intervalo entre primeira e segunda toma de 12 para oito semanas e preparando um reforço no outono para os maiores de 50 anos.

Boris Johnson confirmou também que as pessoas com vacinação completa deverão ser isentas de quarentena na chegada de países da "lista amarela", como é o caso de Portugal, mas os detalhes só serão conhecidos no final da semana. 

Estas regras serão aplicadas em Inglaterra, já que Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte têm autonomia para desenvolver os seus próprios planos de desconfinamento.

O Reino Unido registou nove mortes e 27.334 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com os dados oficiais atualizados hoje, embora os dados do fim de semana sejam mais baixos devido ao atraso no processamento. 

Nos últimos sete dias, entre 29 de junho e 05 de julho, a média diária foi de 18 mortes e 22.247 casos, o que corresponde a uma subida de 4,9% no número de mortes e de 53,2% no número de infeções relativamente aos sete dias anteriores.

A média diária de pessoas hospitalizadas foi de 279 entre 23 e 29 de junho, um aumento de 24,2% face aos sete dias anteriores.

Na quinta-feira estava hospitalizados 1.905 pacientes, dos quais 300 com auxílio de ventilador. 

Desde o início da pandemia, foram notificados 128.231 óbitos de covid-19 num total de 4.930.534 infeções confirmadas no Reino Unido.

Desde dezembro foram inoculadas 45.351.719 pessoas, o que corresponde a 86,1% da população adulta, e 33.726.362 milhões de pessoas, ou 64% da população adulta, já receberam também a segunda dose.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.980.935 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 183,7 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito pela agência France Presse.

Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.117 pessoas e foram registados 890.571 casos de infeção, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, a Índia ou a África do Sul.