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França associa subida de casos em Portugal e Espanha a abertura de fronteiras

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Foto Lusa

O porta-voz do Governo francês, Gabriel Attal, associou hoje o recrudescimento da covid-19 em Espanha e Portugal à abertura prematura das fronteiras destes países, em particular com o Reino Unido, onde ocorre uma explosão de casos.

Espanha e Portugal "são países que flexibilizaram as regras nas fronteiras, em particular com o Reino Unido, muito antes de nós", disse Attal, numa entrevista à estação France Inter, adiantando que o Governo de França foi censurado por isso.

Segundo Attal, "França tem um quadro de restrições nas suas fronteiras que é um dos mais rigorosos da Europa".

Paris exige quarentena, em alguns casos sob controlo das autoridades, a viajantes de muitos países fora da União Europeia.

Os que viajam a partir do Reino Unido devem apresentar um certificado de vacinação e um teste negativo (PCR ou antígenos), exigindo-se aos não vacinados um "motivo imperioso" para viajar e um teste negativo e à chegada a França um outro teste e uma quarentena de sete dias.

Attal admitiu ser "uma possibilidade" uma nova vaga epidémica em França no final de julho, tendo em conta a expansão da variante Delta, mais contagiosa e cuja presença duplica a cada semana, já responsável por 30% das novas infeções.

Essa hipótese, disse, é particularmente verosímil quando se vê o que está a acontecer noutros países europeus, como o Reino Unido, Portugal, Rússia ou Espanha.

Em França a incidência da covid-19 deixou de baixar há cinco dias e tem aumentado, segundo a agência noticiosa espanhola Efe.

Em Espanha, a incidência da doença a 18 de junho era de 96 casos por cada 100.000 habitantes e a 2 de julho a incidência acumulada a 14 dias já ultrapassava os 150 casos por cada 100.000 habitantes.

Quanto a Portugal, no dia 18 de junho a incidência acumulada a 14 dias estava entre 60 e 119,9 casos por cada 100.000 habitantes, enquanto no dia 4 de julho era de 189,4 casos por cada 100.000 pessoas.

A pandemia de covid-19, provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 na China, causou pelo menos 3,9 milhões de mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 183,4 milhões de casos de infeção, segundo o balanço mais recente da agência France Presse.