Coronavírus Madeira

Menos de 10% recusa a vacinação na Madeira

Governo considera a percentagem “insignificante”

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Menos de 10% da população residente na Região convocada para ser vacinada contra a covid-19 recusou a vacinação.

“O número é insignificante, inferior a 10%”, disse hoje o secretário regional de Saúde e Protecção Civil. Pedro Ramos adiantou ainda que entre os mais de 100 mil cidadãos vacinados, apenas “três centenas” reportaram reacções adversas ao fármaco, “reacções que estão na literatura, desde a febre, as dores de cabeça, as mialgias, as dores musculares, algum desconforto no local na inoculação, que passa ao fim de 24 a 48 horas”, esclareceu.

Pedro Ramos falava aos jornalistas pouco depois de ter sido alcançada a marca das 100 mil pessoas com a vacinação completa na RAM.

Este domingo, além de ser ultrapassada as 100 mil pessoas com a totalidade da vacinação, o número de vacinas administradas ultrapassou as 229 mil doses, das quais, 129 mil já com a primeira dose, o que “é também um marco muito importante”, sublinhou.

“Felizmente a Madeira também teve a sorte de começar a vacinar no ano em que a pandemia foi declarada”, apontou Pedro Ramos, referindo-se ao início do plano regional no final do mês de Dezembro, processo que em pouco mais de seis meses já permitiu garantir a vacinação completa a “40% da população madeirense”.

“Isto não imuniza na sua totalidade, mas protege de uma forma adicional, por isso queremos acelerar este processo de vacinação”. Para o efeito, espera que a tasck force nacional tenha a possibilidade de receber mais vacinas da União Europeia, sendo certo que “se Portugal receber mais vacinas, nós também vamos receber mais vacinas”.

Mais vacinas significa acelerar o processo de vacinação e tirar partido também da logística montada, que além de envolver “mais de 200 profissionais da saúde” só no plano de vacinação regional, acresce a “capacidade de armazenamento, de distribuição e de administração, diariamente, em todos os concelhos da Região”.

Com “os grupos mais vulneráveis” e “grupos de risco” já vacinados, pelo menos com a primeira dose, Pedro Ramos reitera que o benefício é superior ao risco, e apela “aqueles que não se queriam vacinar, que mudem de opinião e venham para serem vacinados. O nosso objectivo na RAM é vacinar toda a gente”.

De acordo com o governante, a Autoridade de Saúde Regional tem primado por “seguir todas as recomendações da Agência Europeia do Medicamento e algumas da Direcção Geral da Saúde”.

Realçou também a importância da testagem. Que no caso dos desembarcados, tem permitido detectar casos que poderiam espalhar o vírus. Deu como exemplo a descoberta de “casos positivos nas viagens de barco, nas viagens de avião e que envolvem ilhas que, aparentemente, eram consideradas verdes (Açores). Não deixam de ser consideradas verdes porque o número de casos não é significativo, mas se estes casos não fossem detectados, poderiam disseminar e propagar a doença porque nunca seriam identificados”, vincou.

Argumentos para reforçar o apelo à testagem massiva, que considera uma arma determinante para acompanhar a situação epidemiológica, ou seja, “para monitorizarmos a evolução da população não vacinada e mesmo vacinada, porque os vacinados também se podem infectar”, concretizou.