Coronavírus Madeira

Madeira aceita entrada de pessoas com vacinas 'não aprovadas'

Ao contrário da DGS que só considera válidas as quatro vacinas aprovadas pela Agência Europeia do Medicamento

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Ao contrário do que se verifica em Portugal continental, onde os portugueses residentes no estrangeiro que queiram entrar em Portugal apresentando prova de vacinação contra a covid-19, apenas o poderão fazer se tiverem recebido uma das quatro vacinas aprovadas pela Agência Europeia do Medicamento (AEM), nomeadamente a BioNTech-Pfizer, a Moderna, a AstraZeneca e a Janssen, na Região as outras vacinas ‘não aprovadas pela Europa’, casos da Sinopharm ou a Sinovac (chinesas), Sputnik (russa), Covaxin (indiana), Epivaccorona (russa) ou a Soberana (cubana), são também válidas.

O secretário regional de Saúde e Protecção Civil, Pedro Ramos, remete para a última Resolução da Presidência do Governo Regional da Madeira, onde está ‘preto no branco’ que “a Madeira considerou receber todas as vacinas que foram administradas até agora no mundo inteiro” e não apenas as que foram aprovadas pela Agência Europeia do Medicamento, conforme determinação da Direcção Geral de Saúde (DGS).

Pedro Ramos entende que “se milhões de pessoas fizeram a sua vacinação” com as outras vacinas, “naturalmente que o seu grau de protecção é semelhante às outras vacinas”, daí ser tão válida quanto as restantes.

A propósito das vacinas não aprovadas pela AEM, “na Madeira não tenho conhecimento da chegada de algum emigrante ou de algum turista com outro tipo de vacina” que não as aprovadas pela AEM.

Questionado se a Madeira não deveria estar alinhada com as directrizes da DGS, a resposta foi pronta. “Está alinhada com aquilo que a Autoridade Regional de Saúde pensa sobre a evolução e o acompanhamento de todos aqueles que chegam à Madeira”.

Tanto assim é que fez questão de lembrar que “a primeira diferença começou no uso das máscaras, em que na Madeira é a partir dos 6 anos e a nível nacional é a partir dos 10 anos, a segunda diferença começou em que Portugal nunca teve um centro de rastreios, a Madeira sempre teve (Aeroportos) e já fez mais de um ano que instalou esse centro de rastreios, a Madeira sempre disse que o teste devia ser feito na origem, a terceira diferença é mesmo essa, em que para sair da Área Metropolitana de Lisboa é preciso um teste”. Está a querer dizer que a Madeira está sempre à frente do resto do país? “Não. Estou a querer dizer que a Madeira pensa na sua população e procura que a medida na área da saúde pública tenha um impacto positivo na população, porque para nós a saúde pública e a saúde dos madeirenses são um valor muito importante para ser defendido por parte do Governo Regional”, concretizou.