Imunidade de grupo na Madeira adiada para o Outono
Variante Delta obriga Governo Regional a rever projecção inicial
A implicação na Região decorrente da variante Delta no combate à pandemia da Covid-19 deverá atrasar o alcançar da imunidade de grupo, inicialmente estimada para o mês de Setembro. O secretário regional de Saúde e Protecção Civil, Pedro Ramos, admite que só no Outono a Madeira venha a atingir a imunidade de grupo
Apesar de 40% dos residentes na Região terem já a vacinação completa, a meta da imunidade de grupo em Setembro está comprometida pela variante Delta e pela falta de vacinas.
“Para os 70% será até final de Setembro ou então depois de Setembro, se tivermos de considerar 85% da totalidade das quase 200 mil pessoas”, admitiu.
O desejo de Pedro Ramos é que cheguem “mais vacinas a Portugal” e, consequentemente, à Madeira, uma vez que há capacidade instalada para aumentar o ritmo da vacinação e “a população elegível aumentou”, referindo-se à inclusão da faixa etária entre os 12 e os 15 anos de idade.
Pedro Ramos lembra que na fase inicial da vacinação, os jovens estavam excluídos, sendo que então abrangia “cerca de 206 mil habitantes” da RAM. “Agora atinge os 230 mil habitantes, com a inclusão dos cerca de 22 mil jovens entre os 12 e os 15 anos”.
Nova realidade que obriga a rever as metas inicialmente traçadas, muito por culpa da variante Delta que “ continua a ter alguma expressão desde que haja grupos ainda não vacinados”, razão para querer “acelerar a vacinação e vacinar gente que em princípio não fazia parte dos grupos que estava inicialmente incluídos”, ou seja, a variante Delta veio aumentar “a necessidade de a protecção de grupo passar de 70% para 80% ou eventualmente para 85%”, admitiu.
Tal significa vacinar com a dose completa 175 mil madeirenses. Hoje foi ultrapassada a barreira dos 100 mil com a vacinação completa.