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OMS estima mais de 200 milhões de infecções nas próximas duas semanas

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou hoje que o número de infeções com o novo coronavírus SARS-CoV-2 ultrapasse no mundo 200 milhões nas próximas duas semanas, alertando para a necessidade de uma "vigilância mais forte".

A estimativa foi avançada pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, na videoconferência de imprensa regular sobre a evolução da pandemia da covid-19, transmitida da sede da organização, em Genebra, na Suíça.

Ressalvando que o número pode estar ainda assim subestimado, o médico etíope assinalou que os casos de infeção continuam a aumentar, em muito devido à variante Delta do coronavírus, mais contagiosa e em circulação em pelo menos 132 países, incluindo Portugal.

Tedros Adhanom Ghebreyesus alertou para a necessidade de haver uma "vigilância mais forte", uma vez que o vírus que causa a covid-19 "está em constante evolução".

"Novas variantes vão surgir com a transmissão do vírus, e isso também acontece devido ao aumento do contacto social, ao uso inconstante de medidas de saúde pública e ao uso desigual de vacinas", apontou.

O dirigente da OMS voltou, mais uma vez, a realçar a "injustiça na distribuição das vacinas" contra a covid-19 que está a afetar o continente africano, onde o número de mortes aumentou 40% nas últimas quatro semanas e onde apenas 5% da população está vacinada. As vacinas contra a covid-19 previnem a doença grave e morte.

A pandemia da covid-19 provocou pelo menos 4.202.179 mortos em todo o mundo, entre mais de 196,5 milhões de infetados, segundo o balanço mais recente da agência noticiosa AFP.

Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.344 pessoas e foram registados 966.041 casos de infeção, de acordo com o boletim atualizado da Direção-Geral da Saúde.

A covid-19 é uma doença respiratória causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e que se disseminou rapidamente pelo mundo.

Quatro variantes do vírus original são consideradas preocupantes pela OMS, sendo a Delta a mais transmissível.