País

Marcelo Rebelo de Sousa de visita ao Brasil

Esta é uma das notícias que marca a agenda de hoje

Foto MÁRIO CRUZ/LUSA
Foto MÁRIO CRUZ/LUSA

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, inicia hoje uma visita de quatro dias ao Brasil, com encontros previstos com o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e com os antigos presidentes Luís Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer.

A viagem de Marcelo Rebelo de Sousa vai dividir-se entre São Paulo, onde no sábado participa na reinauguração do Museu da Língua Portuguesa e tem previstos os encontros com os ex-chefes de Estado brasileiros, e a capital, Brasília, onde será recebido por Jair Bolsonaro.

Hoje, a agenda do Presidente português é preenchida exclusivamente por um encontro restrito com Lula da Silva, na residência do Cônsul-Geral de Portugal em São Paulo.

No sábado, o dia mais intenso da viagem, Marcelo Rebelo de Sousa, participa na cerimónia de reinauguração do Museu da Língua Portuguesa, reconstruído com a ajuda de Portugal após o incêndio de dezembro 2015, e tem vários encontros, nomeadamente com o Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, com o ex-presidente brasileiro Michel Temer e com representantes da comunidade portuguesa.

No domingo, já em Brasília, Marcelo Rebelo de Sousa visita a exposição "Oréades", na Chancelaria da Embaixada de Portugal, e, finalmente, na segunda-feira tem um encontro com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e com o Presidente Jair Bolsonaro.

Hoje, também é notícia:

CULTURA

O festival Jazz em Agosto dá hoje início à 37.ª edição, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, com os concertos do quarteto Broken Shadows e do trompetista português Luís Vicente, ficando o arranque marcado pelo cancelamento de dois espetáculos.

Esta semana, a fundação anunciou que o concerto de abertura do festival, a cargo do alemão Peter Brötzmann, que seria um dos destaques do evento, foi cancelado por "motivos de força maior que impossibilitam a vinda dos artistas" a Portugal. Também The End, que atuariam hoje, cancelaram a presença em Lisboa, tendo sido substituídos pelo quarteto Broken Shadows.

Até 08 de agosto, o festival contará com 14 concertos, que estarão repartidos entre dois auditórios da fundação, em vez do anfiteatro ao ar livre, porque estão a decorrer obras no jardim e no Centro de Arte Moderna.

Destaque para a atuação, no sábado, do trio Ikizukuri - Gonçalo Almeida, Gustavo Costa e Julius Gabriel -, com a trompetista Susana Santos Silva, e, a 05 de agosto, do Pedro Moreira Sax Ensemble, para oito saxofonistas, um pianista e um baterista, revisitando música composta para o espetáculo "Two Maybe More", de Marco Martins.

A pintora Graça Morais transformou os sentimentos gerados pelo último ano e meio em arte que vai mostrar na primeira exposição de inéditos depois da pandemia, no Centro de Arte Contemporânea de Bragança.

"Inquietações" é o tema que escolheu para a exposição com 52 pinturas e uma instalação, que abre ao público hoje, e pode ser visitada até 23 de janeiro, no centro de arte com o nome da pintora transmontana.

A exposição "Inquietações" tem curadoria de Joana Baião e Jorge da Costa, e fica patente, no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança, em simultâneo com a exposição "Beyond, Between, Here and There", da artista polaca Magdalena Kleszynska.

ECONOMIA

A Autoridade Bancária Europeia (EBA) vai apresentar hoje os resultados dos testes de 'stress' aos principais bancos da zona euro que no ano passado não se realizaram devido à pandemia.

O exame deste ano submeteu as entidades bancárias a um cenário especialmente adverso a fim de poder avaliar a sua capacidade de resistir a um hipotético cenário de recessão prolongada.

Esta edição analisa 38 grandes bancos que representam cerca de 70% de todos os ativos da zona euro.

A EBA, com sede em Paris, dirige todo este processo em conjunto com o Banco Central Europeu (BCE) e as autoridades nacionais de supervisão.

Quando começou a crise sanitária na Europa, em março de 2020, a EBA anunciou que adiava por um ano os testes de 'stress', uma vez que a prioridade dos bancos nesse momento era enfrentar a crise.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga hoje a variação do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, marcado pelo desconfinamento face às medidas mais restritivas tomadas no primeiro, devido à pandemia de covid-19.

Nos primeiros três meses do ano, verificou-se uma quebra de 5,4% da economia nacional face ao mesmo período de 2020, refletindo os efeitos do confinamento geral, e o recuo de 3,3% em cadeia.

Segundo o INE, o PIB, em termos reais, registou uma variação homóloga de -5,4% no primeiro trimestre, depois de uma queda de -6,1% no trimestre anterior, "refletindo os efeitos do confinamento geral no início deste ano devido ao agravamento da pandemia covid-19".

Quanto ao segundo trimestre, os analistas ouvidos pela Lusa esperam uma subida da variação do PIB, mas lembram que a comparação será feita face aos piores períodos da pandemia de covid-19 em Portugal.

LUSOFONIA

O primeiro-ministro cabo-verdiano abre hoje, na Assembleia Nacional, o anual debate do estado da Nação, o primeiro da nova legislatura, que Ulisses Correia e Silva descreve como "condicionado pela pandemia" e pela crise e que "exige" consenso.

Antevendo o balanço que vai fazer hoje no parlamento, e depois de já na quarta-feira ter estado no parlamento a apresentar a proposta de lei do Orçamento Retificativo para este ano, face às consequências da ausência de retoma turística, Ulisses Correia e Silva aponta a "quebra brusca da atividade económica" no país, que tem "implicações sobre o emprego, sobre o rendimento e sobre a pobreza".

Cabo Verde vive uma profunda crise económica e social e registou em 2020 uma recessão económica histórica de 14,8% do PIB, quando antes da pandemia previa crescer mais de 6%.

Na revisão do Orçamento do Estado, a previsão do crescimento esperado do PIB baixa para de 3,0% a 5,5%, quando antes estava previsto um intervalo de 6,8% a 8,5%, e é apontada uma quebra das receitas, pela ausência de turismo, de 12,2% face ao previsto no início do ano.

PAÍS

O ministro da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, desloca-se hoje à Madeira para assinar com o Governo Regional um memorando de entendimento que permite à região ter uma participação no Banco Português de Fomento.

Este memorando, cuja assinatura decorrerá no Salão Nobre do Governo Regional, no Funchal, permitirá às empresas da Madeira aceder às linhas de apoio em pé de igualdade com as estruturas do tecido empresarial nacional, algo que tinha sido reivindicado pelo executivo madeirense.

Em 13 de julho, o vice-presidente do Governo Regional, Pedro Calado, afirmou que estava prevista a visita de Pedro Siza Vieira à região até a final deste mês para "formalizar rapidamente a entrada e participação da Madeira no capital do Banco Português de Fomento".

O objetivo é que com a entrada no capital social desta instituição, a região "possa ter assento no conselho de administração" e influenciar "as políticas de decisão e investimento desse banco".

O programa da deslocação à Madeira do ministro da Economia incluiu uma visita a uma empresa de tecnologias de informação e desenvolvimento de software bancário e outra a uma de vinhos.

Encontros com a direção da Associação Comercial e Industrial do Funchal (ACIF) e com um grupo de empresários regionais para abordar aspetos relacionados com o Pano de Recuperação e Resiliência estão igualmente previstos.

SOCIEDADE

O Governo assina hoje os protocolos para a constituição de 122 Equipas de Intervenção Permanente (EIP), compostas por 610 bombeiros profissionais, nas corporações de bombeiros.

Segundo o Ministério da Administração Interna, estas 122 novas EIP vão ser criadas em 95 municípios e, na maioria, vão ser as segundas a ser constituídas na mesma corporação de bombeiros.

Criadas em 2001, estas equipas são constituídas por cinco elementos cada, que estão em permanência nos quartéis de bombeiros para acorrer a qualquer situação de urgência e emergência registada no concelho.

Com a criação das novas 122 EIP eleva-se para 528 o total de equipas já protocoladas, o que corresponde a um crescimento para mais do triplo desde 2016, quando existiam 169.

Estão atualmente a funcionar 359 Equipas de Intervenção Permanente, envolvendo um total de 1.807 operacionais.