CDS quer “manter a Câmara de Santana em boas mãos”
Nos concelhos onde concorre ‘contra’ o PSD, Câmara de Lobos e Calheta, “o CDS é reconhecidamente a melhor oposição”
Manter o poder na Câmara Municipal de Santana é o grande objectivo do CDS-PP Madeira nas próximas eleições autárquicas.
“É a principal aposta. É uma câmara modelo, não apenas na Região, mas no País” elogia o líder do partido na Madeira, Rui Barreto.
Lembra que foi a Câmara de Santana que além de apoios sociais e outros foi quem "apoiou e implementou o mais ambicioso programa de apoio às empresas durante a pandemia”. Argumentos que reforçam a ambição de “quer vencer Santana”, também como forma de dar seguimento ao “legado do Teófilo [Cunha]”. Nesse sentido há total confiança depositada na candidatura de Dinarte Fernandes, que apesar de ser actualmente o presidente da Câmara – substituiu Teófilo Cunha no final de 2019 – é a primeira vez que o jovem autarca concorre como cabeça-de-lista. Mesmo tendo o ‘parceiro’ PSD como adversário, Barreto é categórico em afirmar que só com o CDS é possível “manter a Câmara de Santana em boas mãos, nas mãos do CDS e daqueles que têm merecido a confiança do povo”.
O rasgado elogio, à margem da Convenção Autárquica, surgiu instantes antes de Dinarte Fernandes ter dirigido duras críticas ao PSD.
Nada que fizesse abalar a confiança no autarca ‘sem papas na língua’. Ficou apenas a recomendação: “É preciso manter a humildade, é preciso saber ouvir, é preciso juntar os melhores e ter a ambição de crescer. Temos de ter a ambição de fazer mais, de fazer melhor”, concretizou.
Se em Santana o CDS terá de enfrentar o PSD como oposição, os papéis invertem-se em Câmara de Lobos e na Calheta, concelhos onde “o CDS é reconhecidamente a melhor oposição”, destaca Barreto.
Relativiza de resto estes confrontos entre partidos que estão coligados no Governo Regional e na maioria dos concelhos. “Não é problema nenhum”, assegura. Diz mesmo que o objectivo do CDS é “trabalhar para continuar a vingar o trabalho que temos feito”.
Entusiasmado com os contributos na Convenção, esta foi “a prova cabal da força do CDS”, partido que “continua unido” além de “comprometido, responsável e coeso no governo, mas também forte nas autarquias”. Mais ainda nesta fase de pandemia “que nos tem desafiado no limite, mas que tem demonstrado que o CDS não precisa de se colocar ‘em bicos de pés’ todos os dias para dar um contributo positivo ao desenvolvimento e à sustentabilidade da nossa região”.