Eleições Autárquicas Madeira

Calado critica lista de “amigos pessoais” para gerir o concelho do Funchal

Candidato do PSD/CDS surpreendido por ver militante do PSD como candidata da ‘Confiança’

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Pedro Calado, candidato a presidente da Câmara Municipal do Funchal pela coligação PSD/CDS considera que a lista da coligação Confiança, hoje apresentada, na edição impressa do DIÁRIO, foi feita à pressão e em desespero de causa, ao concluir que a lista adversária é sobretudo uma lista de amigos pessoais de Miguel Silva Gouveia, o candidato e actual presidente da câmara. Critica também a inclusão de militante do PSD e de candidato com residência distante do Funchal.

Coligação Confiança já escolheu equipa

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Marco Livramento , 03 Julho 2021 - 07:00

“Estamos preparados para lidar com todo o tipo de pessoas e com qualquer lista”, começou por assinalar, à margem de evento na Junta de Freguesia de Santo António.

Pedro Calado espera que os eleitores funchalenses tenham o discernimento de “distinguir aquilo que é a competência técnica de cada um dos membros que compõem as listas, o trabalho que já fizeram em prol da sociedade, neste caso a cidade do Funchal, e espero que as pessoas saibam reconhecer as diferenças de uma lista e da outra (PSD/CDS e Confiança)”, acrescentou, em exclusivo para o DIÁRIO.

Sobre a composição da lista hoje apresentada, “para além de ter um grupo de amigos pessoais do candidato a presidente da Câmara – Miguel Silva Gouveia – vejo lá pessoas, nomeadamente uma das candidatas, julgo que até ainda é filiada no PSD, julgou eu. Pelo menos há 15 dias, era”. Estranha também ver que a candidata a número 2 da lista vive na Ponta do Sol. Diz que “não tem problema nenhum, mas sendo candidato ao concelho do Funchal, à capital da Madeira e viver na Ponta do Sol parece-me, enfim, uma lista um pouco de recurso e um pouco desesperada, constituída a 90 dias das eleições”, razão para “achar estranho até agora não haver qualquer candidatura, ou pelo menos uma lista constituída”, apontou. Ainda assim diz que é uma lista a respeitar, como qualquer outra lista. Outro reparo para manifestar-se “surpreendido” por não ver nenhum candidato do Bloco de Esquerda, referindo-se em particular à actual vereadora e coordenadora regional do BE/M, Dina Letra, por já estar “inserida dentro do elenco governativo autárquico, mas pelos vistos os relacionamentos não têm sido fáceis de gerir dentro da Câmara do Funchal”, insinuou.

Desvalorizou o facto da militante ou ex-militante integrar a lista adversária não é motivo de preocupação, mas acima de tudo demonstrativo de uma lista “feita um bocado à pressão e em desespero de causa, para apresentar nomes”, criticou.

De resto, garante estar sobretudo focado na lista que encabeça, que considera ser “uma lista muito bem preparada e com competência técnica”.