Coronavírus Madeira

‘Open day’ em Agosto no Porto Santo para quem estiver de férias

Esta é mais uma estratégia a colocar no terrenos pelas autoridades regionais para contrariar os últimos números da vacinação na Madeira

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“O processo de vacinação é um processo dinâmico” diz Pedro Ramos, em reacção ao facto de a Madeira ser a região do País com a pior taxa de vacinação completa, conforme avançou o DIÁRIO na sua edição impressa de hoje.

O secretário regional da Saúde e Protecção Civil lembrou que nas últimas semanas a Região “tem estado sempre no pódio, tem estado sempre em terceiro lugar, não só na vacinação completa, mas também na vacinação com a primeira dose”.

De acordo com o relatório nacional da vacinação contra a covid-19, a Madeira está em último lugar na vacinação completa, com 50% da população com o processo de imunização completo. Quanto a primeiras doses, a Região apresenta um alcance de 66% da população, ocupando assim o antepenúltimo lugar, antes de Lisboa e Vale do Tejo (65%) e dos Açores (61%).

Mas o secretário regional da Saúde não se mostra pessimista e acredita que nas próximas duas semanas a situação deverá inverter-se, atribuindo alguma ‘culpa’ ao facto de este ser um período de férias e os madeirenses não abdicarem do descanso para serem vacinados. Para a melhoria dos números muito deverá contribuir a vacinação dos jovens entre os 12 e os 16 anos de idade. 

As dificuldades nos contactos estendem-se, também, às segundas doses, sobretudo após a alteração do hiato temporal entre a primeira e a segunda dose das vacinas da AstraZeneca e da Pfizer, sendo difícil convocar as pessoas que estão de férias para a antecipação da segunda vacina.

“A Madeira, por ser uma região de turismo, onde se passam férias fora da Região, nomeadamente na Ilha do Porto Santo, nós, neste momento, estamos a ter alguma dificuldade nos contactos e, por isso, a razão dos ‘open days’ que foram criados”, referiu Pedro Ramos, anunciando, por isso, a realização de um ‘open day’ na Ilha Dourada durante o mês de Agosto.

Segundo o governante, o objectivo passa por “tentar compreender e tentar articular [a vacinação] com a vida das pessoas, com a vida das férias, com a vida do trabalho, cm a vida social, com a vida profissional, paraque haja sempre um equilíbrio entre ser vacinado, sem colidir com aquilo que é a actividade do dia-a-dia” das pessoas.

Agradecendo a dedicação dos 300 profissionais empenhados na vacinação na Madeira, o secretário regional  salientou que existem vacinas, mas colocou o ónus do lado da população, pois “o controlo da pandemia depende do cidadão”.