Trabalhadores da TK Elevadores em greve na sexta-feira
Concentrações no Porto, Algarve, Açores e Madeira às 11 horas
Os trabalhadores da TK Elevadores Portugal convocaram uma greve para a próxima sexta-feira e reivindicam a redução do horário de trabalho e o pagamento de um complemento em caso de baixa, segundo um comunicado.
Na mesma nota, a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal) anunciou que "no próximo dia 30 de julho, os trabalhadores da TK Elevadores Portugal, empresa que emprega 400 trabalhadores, estarão em greve, durante 24 horas, com concentrações no Porto, Algarve, Açores e Madeira às 11 horas".
"A greve tem como objetivo a negociação do caderno reivindicativo para 2021", disse a estrutura sindical, apontando que, entre as reivindicações, conta-se a "redução do horário de trabalho, das 40 horas para 35 horas de forma gradual, sem perda de retribuição", o "pagamento do complemento do salário líquido em caso de baixa médica" e a "aplicação do descanso compensatório aos trabalhadores fazem trabalho suplementar".
Além disso, os trabalhadores exigem o "pagamento do cartão de saúde ao agregado familiar" e a "aplicação de um dia de férias por cada dez anos de antiguidade na empresa".
"Foi entregue um abaixo-assinado dos trabalhadores com o descontentamento da negociação e sobre outras matérias, como organização, sobrecarga de trabalho e falta de pessoal", adiantou a Fiequimetal, referindo que "uma vez que não foi apresentada uma contraproposta (por parte da direção portuguesa e ibérica)" que "apenas se justificou com a conjuntura económica e sanitária no país, foi emitido o pré-aviso de greve".
A estrutura sindical garantiu que "a empresa atingiu os objetivos no último ano fiscal, e a pandemia de covid-19 não pode servir de desculpa às justas reivindicações dos trabalhadores da empresa, em especial àqueles que estiveram na linha da frente", lê-se na mesma nota.
De acordo com a Fiequimetal, a direção da empresa na Alemanha "tem de saber que há várias reuniões em curso, mas muito pouco resultado", referindo que "não basta falar, são precisas soluções e melhorias na vida de quem trabalha".
"Tentar evitar as exigências dos trabalhadores, por via de muita conversa, não nos leva a lado nenhum. É uma falta de respeito", remata a Federação.