TAP(ar) o sol com a peneira
As notícias dão-nos conta que ao governo do PS (GPS) interessaria a entrada como acionista na TAP do Grupo Lufthansa (GL), que controla mais de 400 subsidiárias e empresas ligadas ao transporte aéreo de passageiros e carga, numa espécie de derradeiro esforço para convencer a UE a aprovar o plano de reestruturação da TAP (PR) apresentado pelo GPS. Tanto quanto se vai sabendo os órgãos da UE a quem compete analisar e dar luz verde ao referido PR, mostram-se céticos e renitentes quanto à possibilidade de o mesmo poder atingir os objetivos a que se propõe, daí que a eventual entrada em cena de um “partner” com a dimensão e o prestígio do GL pudesse dar um contributo essencial para que o referido plano fosse considerado viável. Antes de a pandemia ter forçado as companhias de aviação a imobilizar a sua atividade no que concerne ao transporte de passageiros, o capital do GL era integralmente privado. Após conceder as ajudas estatais para fazer frente à crise o Estado alemão passou a deter 20% do capital do GL, posição que pretende vender logo que a recuperação do setor e as condições de mercado o permitam. Assim se vê a forma racional e inteligente como o governo alemão defendeu os contribuintes dos elevados custos das ajudas estatais necessárias para a GL sair da crise, que contrasta e de que maneira quando comparado com o estardalhaço sectário de cariz estatizante da GPS com o apoio de BE de PCP, ao decidir adquirir a maioria do capital da TAP sem medir as consequências extremamente negativas que daí poderiam advir para a economia do País e para os contribuintes portugueses, que já estão a arder com 1.200 milhões de euros. Se o GL tivesse interesse na TAP e não tem, o que iria aliás contra as atuais tendências comunizantes da GPS e do PCP seu aliado preferencial, seria como acionista maioritário e para torná-la uma das suas subsidiárias. Este propalado interesse no GL talvez sirva para TAP(ar) o sol com a peneira de um provável fracasso do PR.
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