Manifestantes protestam contra confinamento em Sydney
Cerca de mil manifestantes protestaram hoje em Sydney, a cidade mais populosa da Austrália, contra o confinamento decretado para combater a pandemia de covid-19, violando a obrigação de permanecer em casa, em vigor até 30 de julho.
A polícia australiana deteve um número indeterminado de pessoas durante os protestos contra as medidas impostas para combater a pandemia, numa altura em que os casos têm aumentado diariamente, apesar do confinamento, decretado desde 27 de junho.
Os manifestantes tentaram bloquear o trânsito em algumas das estradas mais movimentadas da cidade, havendo registo de alguns confrontos violentos.
Em comunicado, a Polícia do estado de Nova Gales do Sul, cuja capital é Sydney, disse que "reconhece e apoia" o direito de reunião pacífica e de liberdade de expressão, mas precisou que o protesto violou as atuais ordens de saúde pública, afirmando que "a prioridade da polícia é sempre a segurança da comunidade em geral".
A autoridade sanitária regional detetou hoje 163 novos casos de covid-19, o número mais elevado desde que o atual surto foi identificado, em meados do mês passado.
Em causa está a variante Delta, inicialmente identificada na Índia e mais contagiosa.
Mais de metade dos 25 milhões de habitantes do país estão sob medidas de contenção.
Sydney, com 5,3 milhões de habitantes, deverá estar confinada até 30 de julho.
As autoridades regionais mantêm também a população dos estados de Vitória e da Austrália do Sul confinada até dia 27.
A Austrália, que fechou as fronteiras em março de 2020, contabilizou pouco mais de 32 mil casos de covid-19 e 916 mortes desde o início da pandemia.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.139.040 mortos em todo o mundo, entre mais de 192,5 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.