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Um ano depois do previsto, devido ao adiamento motivado pela pandemia de covid-19, arrancam hoje os Jogos Olímpicos Tóquio2020, com a cerimónia de abertura no Estádio Nacional da capital japonesa.

A cerimónia, sem público, vai lançar a XXXII Olimpíada da Era Moderna, que coroará 339 campeões em 33 modalidades diferentes, com o desfile de cerca de 20 dos 92 atletas portugueses.

A presidente dos Jogos, Seiko Hashimoto, prometeu uma cerimónia "solene", mais do que um festival, num evento marcado pelo adiamento e pela determinação de mostrar a "recuperação e reconstrução" face ao terramoto e tsunami de 2011, e, sobretudo, à pandemia de covid-19.

O tema da cerimónia será "seguir em frente", a que se junta o lema geral de "unidos pela emoção", nuns Jogos que já contam com 91 casos de infetados entre os residentes da Aldeia Olímpica desde o início de julho.

Como é tradição, a Grécia entrará primeiro na parada das nações, seguindo-se a equipa olímpica de refugiados e depois os países pela ordem ditada pela língua japonesa, até chegar a França, que receberá Paris2024, Estados Unidos, com Los Angeles2028, e o Japão no fim.

Em 168.º estará Portugal, com Telma Monteiro, medalha de bronze no Rio2016, e Nelson Évora, ouro em Pequim2008, como porta-estandartes, pela primeira vez em duplas, numa iniciativa para promover a igualdade de género.

Cerca de duas dezenas de atletas lusos vão marcar presença num desfile marcado pela redução do número de atletas permitidos, devido à pandemia.

Com espetáculos artísticos filmados e apenas alguns segmentos ao vivo, regras de distanciamento social em marcha e uma parada de nações limitada, a cerimónia servirá como primeiro eco da imagem que ficará de Tóquio2020: a da 'sombra' da covid-19 sobre um evento mais de sofrimento do que de festa.

Além do discurso curto do imperador, será aceso o caldeirão olímpico, desenhado por Oki Sato, num espetáculo coordenado, como um todo, por Takayuki Hioki, assente no imponente Estádio Nacional, construído de raiz e desenhado por Kengo Kuma.

A cerimónia contará com a presença de, pelo menos, 15 chefes de Estado e de governo, um número bastante reduzido face aos 40 líderes no Rio2016, esperando-se outros 70 representantes estrangeiros.

Os Jogos Olímpicos Tóquio2020 decorrem até 08 de agosto, após o adiamento em um ano devido à pandemia de covid-19.

Hoje, também é notícia:

CULTURA

O Festival Internacional de Música de Marvão, que foi adiado em 2020, devido à pandemia de covid-19, regressa este ano, de hoje a 01 de agosto, com 26 concertos e mais de 100 músicos.

Organizado pela associação Marvão Music, reconhecida este ano com o Estatuto de Utilidade Pública, o festival, que vai para a sétima edição, realiza-se em Marvão, distrito de Portalegre, com direção artística da soprano Juliane Banse e do violinista e maestro Christoph Poppen.

Segundo o programa, além de três exposições e outros eventos paralelos, estão previstos 26 concertos de música de câmara que vão decorrer na vila e nas localidades vizinhas de Portalegre, Castelo de Vide e Valência de Alcântara (Espanha).

Um dos destaques vai para a gala de abertura, hoje, com Juliane Banse (soprano), Lena Neudauer (violino), Martin Ney (flauta), Horácio Ferreira (clarinete) e a Orquestra de Câmara de Colónia, dirigida pelo maestro Christoph Poppen.

O Festival Porta-Jazz, no Porto, regressa entre hoje e domingo para a 11.ª edição, com um cartaz que inclui 14 concertos, de entrada gratuita, nos jardins do Palácio de Cristal.

O festival arranca às 20:30, com o Vessel Trio, seguindo-se o concerto do supergrupo Coreto, que vai estrear as encomendas feitas a João Grilo, João Mortágua, Catarina Sá Ribeiro e Nuno Trocado.

A entrada para os concertos é gratuita, limitada à lotação dos espaços. Os bilhetes podem ser levantados uma hora antes de cada espetáculo, na bilheteira, na entrada do Palácio de Cristal.

DESPORTO

Portimonense (I Liga) e Académica (II Liga) dão hoje o pontapé de saída oficial da temporada 2021/22 de futebol, ao defrontarem-se em Portimão no arranque da primeira fase da Taça da Liga.

Num arranque de época ainda marcado pelas restrições causadas pela pandemia de covid-19, o jogo de Portimão disputa-se ainda sem a presença de público, mas o regresso dos espetadores aos estádios vai ser já uma realidade na Madeira, depois de a Direção Regional da Saúde ter autorizado adeptos nos recintos desportivos até 50% da sua capacidade.

Deste modo, tanto Marítimo (I Liga), que recebe o Boavista (I Liga), como Nacional (II Liga), que recebe o Estoril Praia (I Liga), ambos os encontros às 18:00 de domingo, vão poder contar com público nos seus jogos.

Esta primeira eliminatória da presente edição da Taça da Liga encerra na segunda-feira, com a receção do Vitória de Guimarães (I Liga) ao Leixões (II Liga).

ECONOMIA

O prazo limite para os partidos apresentarem propostas de alteração ao relatório final da comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco termina hoje às 15:00.

O relatório da comissão de inquérito ao Novo Banco, cujas audições terminaram no dia 16 de junho, foi apresentado na terça-feira pelo deputado relator Fernando Anastácio (PS) e terá de ser votado no dia 27 (terça-feira) até à meia-noite.

PSD, CDS-PP e Iniciativa Liberal consideraram que o relatório elaborado pelo deputado socialista está "enviesado" e espelha a "narrativa do PS", acusação que Fernando Anastácio rejeitou "liminarmente", garantindo a objetividade do documento.

No total, ao longo de pouco mais de três meses, decorreram no parlamento 56 audições da Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução, num total de 174 horas durante as quais os deputados questionaram e ouviram as explicações dos depoentes.

Foram precisos 10.447 minutos para concluir as audições, que começaram no dia 10 de março, com João Costa Pinto, o antigo presidente do Conselho de Auditoria do Banco de Portugal e coordenador da comissão que elaborou o 'relatório Costa Pinto', que analisou a conduta do supervisor na resolução do Banco Espírito Santo (BES).

LUSOFONIA

O sexto encontro da rede de Ensino Português no Estrangeiro (EPE) realiza-se hoje em Lisboa e vai abordar a questão da cultura portuguesa e a interculturalidade.

Promovido pelo Camões -- Instituto da Cooperação e da Língua, o encontro pretende discutir "conceitos culturais que importa revisitar, à luz das reflexões contemporâneas", entre outros temas, e conta com a participação do ministro dos Negócios Estrangeiros na sessão de abertura, realizando-se presencialmente na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e podendo ser acompanhado online.

Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros, a rede EPE oficial integrava, em setembro do ano passado, 320 docentes portugueses que exerciam funções em 11 países, estendendo-se igualmente à Austrália, Canadá, Estados Unidos e Venezuela (rede apoiada).

Em 2019, a rede oficial abrangeu um universo total de cerca de 40.000 alunos e 1.150 escolas nos níveis de ensino pré-escolar, básico e secundário, a que se juntaram mais de 28.000 alunos na rede apoiada nestes mesmos níveis, perfazendo um total, entre as duas redes, de perto de 68.000 alunos.

No último ano letivo (2020/2021), a rede EPE tinha uma presença ao nível do ensino superior, em universidades estrangeiras e organismos internacionais, através da colocação de 51 leitores, funcionando 63 leitorados e estando estabelecidos 299 Protocolos de Apoio à Docência e Investigação.

PAÍS

As alegações finais no julgamento cível da Lusófona e do ex-'dux´ João Gouveia decorrem hoje no Tribunal de Setúbal.

Neste processo, as famílias dos seis jovens que morreram durante uma praxe na praia do Meco em 2013 reclamam indemnizações no valor global de 1,3 milhões de euros.

A defesa das famílias dos jovens sustenta que, "além da intervenção dos réus - o 'dux' João Gouveia e a COFAC -- Cooperativa de Formação e Animação Cultural, CRL (Universidade Lusófona) -, estão em causa o funcionamento da organização denominada COPA [Comissão Oficial de Praxes Académicas] no seio da ULHT [Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias] e atividades praxistas levadas a cabo ao longo dos anos".

Para a defesa, estão também em causa as atividades praxistas levadas a cabo por João Gouveia durante o fim de semana de 13 e 14 de dezembro de 2013, que culminaram com a morte dos seis jovens, bem como os "elevados danos sofridos" pelos seus pais.

Em março de 2015, o Tribunal de Instrução Criminal de Setúbal decidiu não enviar o processo-crime para julgamento e o Tribunal da Relação de Évora, após recurso da defesa, manteve a decisão, sublinhando que as vítimas eram adultas e não haviam sido privadas da sua liberdade durante a praxe, pelo que não havia responsabilidade criminal sobre João Gouveia.

POLÍTICA

O PSD apresenta hoje a sua proposta de reforma do sistema eleitoral, embora o presidente do partido, Rui Rio, já se tenha manifestado descrente na possibilidade de alcançar um acordo com o PS nesta matéria.

Para Rui Rio, dificilmente se consegue acordo com "este PS", liderado por António Costa e "apoiado pelo BE e pelo PCP", pelo que resta ao PSD apresentar as suas propostas, e depois os socialistas "votam ou não votam, ou aceitam ou não aceitam".

No programa eleitoral com que o PSD se apresentou às eleições legislativas de 2019, defende-se "a introdução de uma urgente reforma da lei eleitoral para a Assembleia da República", que "potencie a aproximação entre eleitos e eleitores", com "redução do número de deputados", mas "sem, contudo, colocar em causa a proporcionalidade do sistema constitucionalmente imposta".

Para o PSD, "a base de partida para a reforma do sistema eleitoral para a Assembleia da República" inclui, entre outros pontos, "alterar a forma de eleição de deputados pela reconfiguração dos círculos eleitorais", uma "uniformização dos mandatos legislativos e autárquicos com os do Presidente da República e do Parlamento Europeu, passando de 4 para 5 anos", a "limitação dos mandatos dos deputados" e uma "estratégia de reforço da participação do cidadão e de combate à abstenção com possibilidade de valorização dos votos brancos".

Algumas destas propostas exigem a revisão da Constituição e já constam das linhas gerais das propostas do PSD apresentadas em 09 de julho: a redução do número de deputados para um mínimo de 181 e um máximo de 215; o aumento da duração da legislatura para cinco anos (com a ideia de o fazer também nos mandatos autárquicos, cujas propostas concretas só serão apresentadas depois das eleições) ou o alargamento do mandato do Presidente da República para dois mandatos de seis anos.

SOCIEDADE

O coordenador da 'task force' responsável pelo plano de vacinação contra a covid-19, vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, é hoje ouvido na Assembleia da República sobre a evolução do processo de inoculação da população portuguesa nas últimas semanas.

Em audição agendada para as 10:00 na comissão eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia e do processo de recuperação económica e social, o líder da equipa de logística da vacinação deverá explicar aos deputados os constrangimentos registados mais recentemente, como a falta de disponibilidade de vacinas e o adiamento do autoagendamento para os utentes a partir dos 20 anos de idade.

No entanto, Henrique Gouveia e Melo veio já reafirmar que a vacinação continua a decorrer a um ritmo entre 100 mil e 110 mil doses administradas por dia e que, no final de setembro, "praticamente toda a população" elegível para este processo estará vacinada.

A audição do coordenador da 'task force' ocorre também num momento em que quase metade da população, ou seja, 47% (4,8 milhões de pessoas) já tem a vacinação completa e 64% já receberam pelo menos uma dose da vacina.