Funchalenses estão divididos nas Autárquicas e esperam para ver o resultado oficial
O DIÁRIO foi à rua ouvir as reacções ao 3.º estudo de opinião DIÁRIO/Eurosondagem, que faz hoje manchete no nosso matutino
Veja as opiniões registadas por Ana Sousa e Tomás Barros
O 3.º estudo de opinião DIÁRIO/Eurosondagem que fez manchete na edição impressa do DIÁRIO desta quinta-feira, 22 de Julho, despertou várias reacções.
'Confiança' vai à frente no Funchal
1.525 eleitores entrevistados pronunciaram-se sobre o factor mais decisivo no desfecho eleitoral
O DIÁRIO foi à rua ouvir o que os funchalenses têm a dizer.
Para Micael Silva, as sondagens reforçam que “existe interesse numa mudança”, mudança essa que ainda não sabe se o deixa “triste ou contente”.
Contudo, o delegado de informação não crê que as sondagens “correspondam a 100% daquilo que vai acontecer” e acredita mesmo que o resultado “vai mudar para [Pedro] Calado e a ilha continuará do lado da direita”.
Já Miguel Teixeira não ficou surpreendido com os resultados da sondagem, uma vez que “já esperava uma luta bastante renhida até ao dia das eleições”.
Quanto à credibilidade das sondagens, espera que correspondam à verdade.
Norberto Torra, empresário de profissão, não escondeu o seu descontentamento para com o resultado das sondagens, apesar de reconhecer que “o actual presidente também está a fazer um bom trabalho”.
Norberto não acredita, porém, que a discrepância entre as duas coligações seja tão vincada, pois julga que “Calado tem mais percentagem do que a que está noticiada”.
O que tem Miguel Gouveia Silva que falta a Pedro Calado?
Ana Abreu, reformada, enquanto tomava o seu café, afirma que “qualquer um deles é competente”.
“Eles têm que fazer isto andar para a frente. Que cumpram com as promessas que, quando chegam ao poder, nunca cumprem”, exige.
Assumindo-se desde logo como “um homem de direita”, Micael Silva crê que “Pedro Calado está no caminho certo”. Não sabe se lhe falta alguma coisa para ultrapassar Miguel Gouveia Silva. “As sondagens são sondagens, vamos ver nas urnas”, salvaguarda.
“Acho que o que falta ao Pedro Calado é o que falta a muitos políticos: falta falar com verdade e fazer aquilo com que se compromete. Não se lembrar só das pessoas na altura das eleições, nós vivemos os anos todos, não só no das eleições. Precisamos de projectos concretizáveis. Falta um pouco de verdade na política madeirense”. Miguel Teixeira, desempregado
Norberto Torra diz que para Calado ganhar a CMF “tem que
andar mais junto da população e fazer aquilo que ele não fez quando esteve com
o Albuquerque”.
Intenções de voto
Micael Silva quando questionado sobre a sua intenção de voto respondeu prontamente que é “homem de direita”.
Norberto Torra, empresário de profissão, não escondeu o seu descontentamento para com o resultado das sondagens apesar de reconhecer que “o actual presidente também estar a fazer um bom trabalho”.
Norberto não acredita porém que a discrepância entre as duas coligações seja tão vincada pois julga que “Calado tem mais percentagem do que a que está noticiada”
José Gouveia considera que tanto na Coligação Confiança, como no Funchal Sempre à Frente “existe gente competente”.
Quanto ao potencial vencedor, José Gouveia acredita que “venha quem vier não muda grande coisa”.
O que ficou por fazer
Educação e Saúde são áreas em que, acredita Ana Abreu, “ficou muita coisa para fazer”.
Por exemplo, não há consultas suficientes no centro de saúde e “há que ser modificado, para o bem dos utentes”.
Por sua vez, o delegado de informação quer uma cidade mais virada para o turismo. Sobre o que vê feito, apesar de não ter uma “opinião muito documentada”, admite:
“Vi algumas coisas boas e interessantes, a níveis de rodovias, a modernização da própria cidade, mas não vi grande trabalho que me impressionasse, que saltasse à vista” Micael Silva, Delegado de Informação
“Há sempre coisas para fazer aqui na cidade”, diz Miguel
Teixeira, acrescentando que, se o actual presidente for reeleito, que cumpra as
promessas, já que “é uma altura de pandemia e as pessoas passam dificuldades”.
Norberto Torra aponta três pontos fulcrais na melhoria da cidade do Funchal.
O auxílio aos sem-abrigo “para o comércio voltar e para as pessoas não terem medo de vir para o centro do Funchal”. A limpeza, já que o Funchal está uma “nojentice”. E, por último, sugere que “ [os políticos] deviam arranjar uma polícia municipal para andar mais nos pontos críticos”.