Número de mortos sobe para 276 na África do Sul
O Governo sul-africano afirmou hoje que o número total de mortes relacionada com a onda de motins violentos no país subiu para 276, mas que o país da África Austral está a conseguir manter a ordem.
"A estabilidade continua a prevalecer nas províncias de Gauteng e KwaZulu-Natal", as duas regiões mais afetadas pela violência, afirmou a ministra da Presidência em funções, Khumbudzo Ntshavheni, citada pela agência noticiosa Efe.
Ntshavheni apontou que apesar da normalização gradual da situação, o Governo identificou 61 mortes adicionais relacionadas com o surto de violência, elevando o total para 276.
Destas 276 mortes, 234 ocorreram em KwaZulu-Natal e 42 em Gauteng.
A ministra interina acrescentou que já foram presentes a tribunal quatro pessoas detidas por alegadamente terem instigado a violência destes dias, iniciada após a detenção do ex-Presidente Jacob Zuma.
Zuma, 79 anos, ex-presidente do ANC, está preso desde 07 de julho no Centro Correcional de Estcourt, a cerca de 150 quilómetros da sua residência, em Nkandla, área rural do KwaZulu-Natal, por desrespeito ao Tribunal Constitucional.
Estima-se que vivam cerca de 450.000 portugueses e lusodescendentes na África do Sul, dos quais pelo menos 200 mil em Joanesburgo e Gauteng, e 20.000 no KwaZulu-Natal, mas segundo um conselheiro da diáspora madeirense no país e o Governo não há cidadãos nacionais entre as vítimas.
Cerca de uma centena de negócios de seis grandes empresários portugueses, incluindo filhos de madeirenses, no setor alimentar e de bebidas, foram saqueados e vandalizados.