Madeira

"75 milhões não foram injectados para melhorar acesso à saúde"

É deste modo que Comissão de Utentes do SESARAM reage à machete de hoje do DIÁRIO: "Saúde com saldo negativo"

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Apesar das injecções de 75 milhões de euros em 2019 para amortizar empréstimo, o SESARAM fechou o ano passado no vermelho

O que a Comissão de Utentes gostaria de destacar é o facto de que, apesar de terem sido injectados na saúde esses 75 milhões, não foram injectados para melhorar as condições de acesso da população aos cuidados de saúde. Continuamos a ter relatos dos obstáculos com os quais os utentes se deparam diariamente para conseguirem garantir um direito essencial.

É deste modo que Carolina Cardoso, representante da Comissão de Utentes do SESARAM reage à notícia que faz manchete na edição de hoje, dia 21 de Julho, do nosso matutino, a propósito da prestação de conta da empresa.

Com efeito, em 2020, o SESARAM registou um resultado líquido negativo de praticamente oito milhões de euros. Apesar de isso fazer com que o SESARAM continue a ter as contas no vermelho, o resultado até é bom (se o compararmos com o do ano anterior) muito à custa da injecção de capitais por parte do Governo Regional.

Para a Comissão de Utentes "esses milhões" são, porém", a "prova da má gestão de que o Serviço Regional de Saúde é alvo há décadas, porque foram injectados para resolver problemas do passado". 

Não podemos ver o Serviço Regional de Saúde como vemos uma clínica ou hospital privados, não foi criado para dar lucro, foi criado para prestar um serviço de qualidade e responder às necessidades da população. Necessário é combater a má gestão do Serviço Regional de Saúde e a partir daí iríamos, com certeza, ver o défice baixar ao ponto de ter um Serviço de Saúde ágil, de qualidade e universal.