Chefe da diplomacia da UE transmite "a mais cordial felicitação" ao PR eleito do Peru
O Alto Representante da União Europeia (UE) para a Política Externa e de Segurança, Josep Borrell, transmitiu hoje a sua "mais cordial felicitação" a Pedro Castillo, que na segunda-feira foi proclamado Presidente eleito do Peru.
"A minha mais cordial felicitação ao futuro Presidente do Peru Pedro Castillo pela sua eleição", escreveu Borrell na rede social Twitter.
O político e diplomata catalão acrescentou que a UE e o Peru são "parceiros importantes" e "juntos" enfrentam "múltiplos desafios na recuperação social e económica" na sequência da pandemia de covid-19.
O sindicalista e militante de esquerda Pedro Castillo foi proclamado na segunda-feira Presidente eleito do Peru, um mês e meio após as eleições em que derrotou a direitista Keiko Fujimori, que atrasou a designação com mais de mil impugnações nas quais denunciava sem provas contundentes uma alegada "fraude".
Após considerar sem fundamento os últimos recursos legais apresentados pela filha do ex-Presidente Alberto Fujimori (no poder entre 1990 e 2000 e atualmente detido) a Junta Nacional Eleitoral legitimou os resultados do escrutínio de 06 de junho, no qual Castillo obteve 50,12% dos votos válidos, e com apenas 44.263 votos de vantagem sobre Keiko Fujimori.
A vitória de Pedro Castillo também mereceu diversas reações de diversos governos da América e de organismos regionais, incluindo a de Luis Almagro, secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA, com sede em Washington), que assegurou o fortalecimento das suas relações com o futuro executivo peruano que entrará em funções em 28 de julho.
Por sua vez, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) indicou em mensagem que felicita Castillo "pela sua vitória nas eleições presidenciais do Peru".
A embaixada dos Estados Unidos em Lima optou por elogiar o Peru "pelas bem-sucedidas eleições presidenciais" e disse que valoriza "os laços profundos em termos bilaterais" que espera sejam fortalecidos.
O Governo venezuelano juntou-se às felicitações ao professor de escola rural e considerou o seu triunfo um passo "histórico" para o povo peruano.
"Neste novo ciclo político que se abre, o Presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro Moros, felicita o Presidente eleito da República do Peru, Pedro Castillo Terrones, e ao seu partido Peru Livre, desejando-lhes muita sabedoria na hora de assumir a direção dos destinos desta irmã e querida nação".
Em Havana, o chefe da diplomacia de Cuba, Bruno Rodríguez, emitiu "as mais cordiais felicitações ao Presidente do Peru, @PedroCastilloTe, e ao povo peruano pela sua histórica vitória nas urnas", enquanto o Presidente do Panamá, Laurentino Cortizo, assegurou que trabalhará com Castillo "numa agenda de interesses comuns em benefício das duas nações".
O chefe de Estado da Argentina, Alberto Fernández, também assinalou a vitória de Castillo e pugnou para que trabalhem juntos "por uma América Latina unida", enquanto o seu homólogo do México Andrés Manuel López Obrador, também conotado com a esquerda latino-americana, estendeu as felicitações às autoridades eleitorais e ao povo peruano "por terem defendido a vontade popular e as instituições democráticas".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros boliviano também expressou as suas "mais sinceras felicitações pela proclamação" como Presidente eleito e acrescentou que "a Bolívia lhe deseja o maior dos êxitos durante a sua governação".
Dois ex-Presidentes latino-americanos, o boliviano Evo Morales e o hondurenho Manuel Zelaya, também felicitaram Castillo.
O campo da direita conservadora na América Latina, situado num espetro ideológico oposto, também reagiu aos resultados das eleições peruanas, com o Presidente da Colômbia, Iván Duque, a manifestar-se confiante no fortalecimento das relações históricas entre Bogotá e Lima.
O chefe de Estado de centro-direita do Equador, Guillermo Lasso, também indicou no Twitter desejar a Castillo "êxitos na sua gestão" e disse esperar "fortalecer as relações entre Equador e Peru com abertura, cooperação e diálogo".