Herdeiros do 'Patriota'
Boa noite!
Há 200 anos, à conta do 'Patriota Funchalense’, a imprensa madeirense fazia-se ao largo de forma permanente e destemida, mau grado os dissabores causados pelos apetites punitivos dos protagonistas de cada ciclo político e as inconsistências de projectos panfletários com curta durabilidade.
Do primeiro jornal insular português e percursor de uma longa história da imprensa na Madeira, já com cerca 400 títulos publicados, herdamos princípios inegociáveis, os pactos com a verdade, com o bem da sociedade e com a liberdade criativa.
O ‘Patriota’ abriu caminho à diversidade e à imaginação, fazendo com que alguns jornais da ilha se tornassem resilientes e atrevidos, referência e farol, que por revelarem uma identidade são vistos por aqueles que servem como património estimado.
O propósito de Bettencourt Pitta, assumido “sentinela vigilante da cara liberdade, o acérrimo defensor da verdade e o severo juiz das ações dos que ousarem negar à Pátria o que lhe devem” está actual e deve orientar os profissionais dos meios de comunicação já existentes ou que, eventualmente, venham a nascer, se é que querem continuar a nobre missão de informar, de interpretar e dar contexto.
Para os outros expedientes de origem duvidosa e sem credibilidade há folhas que cheguem, em papel ou digital, com ou sem rosto. Desses reles muros de lamentações e de ajuste de contas, de aberrações e de obsessões, esperemos que não reze a história.