Variante Delta na Madeira sobe para 22,7%
Os últimos dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) dão conta de um crescimento da frequência relativa da variante Delta na Madeira.
O 14.º relatório de monitorização das linhas vermelhas para a covid-19 aponta que 22,7% dos novos casos reportados para a Madeira, e cujas amostras foram analisadas pelo INSA, estão associados à variante indiana. Em causa o somatório dos resultados das amostras referentes às semanas 23 (7 a 13 de Junho) e 24 (14 a 20 de Junho).
Este novo número representa um crescimento quase de 10% quando comparado com os resultados apresentados no início desta semana pelo mesmo laboratório, quando em causa estavam apenas as amostras recebidas na primeira quinzena do mês de Junho.
Apesar destes números, as autoridades de saúde regionais deram conta, nos últimos dias, de que a presença desta variante, considerada mais contagiosa e com maior probabilidades de originar internamentos, não tem tido impacto na evolução pandémica da Madeira.
Segundo o boletim epidemiológico desta sexta-feira, emitido no final da tarde pela Direcção Regional de Saúde, a Madeira mantém-se sem qualquer doente infectado com covid-19 internado nas unidades de saúde regionais, situação que ocorre deste ontem, e que não acontecia há quase 250 dias.
Temos de recuar até 26 de Outubro de 2020 para encontrarmos unidades polivalentes e de cuidados intensivos do Hospital Dr. Nélio Mendonça dedicadas a esta nova doença totalmente desocupadas.
Média nacional nos 69,5%
O todo nacional está com uma frequência relativa de 69,5% dos casos associados à variante Delta. O Algarve, com 92,3%, é a região do país mais afectada, com os Açores a estarem no extremo oposto desta 'linha vermelha', com 4,4%.
Frequência relativa da variante Delta em Portugal
REGIÃO | FREQUÊNCIA RELATIVA (%) |
---|---|
Norte | 49,0% |
Centro | 85,7% |
Lisboa e Vale do Tejo | 84,7% |
Alentejo | 70,8% |
Algarve | 92,3% |
Açores | 4,4% |
Madeira | 22,7% |
Total nacional | 69,5% |
O relatório revela que, até à data, foram detectados 51 casos associados à variante Delta com a mutação de interesse K417N (AY.1, designada ‘Delta Plus’). Na amostragem da semana 24, a sua frequência foi de 1 %, sugerindo uma circulação residual em Portugal.
A estimativa da frequência da variante Delta para a semana 25 (21 a 27 de Junho), com base na detecção do gene ‘S’ 1 no âmbito do diagnóstico por PCR, é de 85 % (IC95% 83-87%) em Portugal continental. Essa estimativa não foi revelada, para já, em relação à Madeira.