Autonomia não está “devidamente consolidada” devido à “desconfiança e inveja” de Lisboa
Jaime Filipe Ramos, deputado do PSD
A data que hoje se assinala “consagra séculos de história e a verdadeira vontade popular”, começou por lembrar Jaime Filipe Ramos, deputado do PSD, referindo-se ao dia 19 de Julho de 1976. Foi o “passo firme e decisivo em direcção à desejada autonomia”, mas não deixou de sublinhar que apenas o 25 de Novembro de 1976 “assegurou a verdadeira liberdade e democracia em Portugal”, disse na intervenção que fez na Sessão Solene Comemorativa do Dia da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira.
Jaime Filipe lembrou alguns episódios da história fértil em acontecimentos que mesmo antes da autonomia comprovam a “tenacidade e a resistência de um povo”, madeirenses e porto-santenses que estiveram “durante séculos relegados ao isolamento e à pobreza” imposta pela classe política dominante em Lisboa.
Sobre as quatro décadas e meia de autonomia, admite que esta conquista “não está acabada e muito menos esgotada”, e não ignorou que ainda subsistem “sinais que [a Autonomia] não está devidamente consolidada, fruto da “desconfiança e inveja” de Lisboa.
O deputado social-democrata reafirmou a necessidade de ser reforçada a autonomia fiscal da Madeira, ao concluir que “a autonomia política pressupõe a autonomia financeira”.
Invocou a portugalidade dos madeirenses e porto-santenses para invocar o desejo de ver reforçada a autonomia da RAM.