Revisão do Estatuto Político-Administrativo da Região deve ser “um desígnio supra-partidário”
Paulo Cafôfo, deputado do PS
Em ano de eleições autárquicas, Paulo Cafôfo, deputado e presidente do PS Madeira, aproveitou para “destacar as candidatas” do PS Madeira e reafirmar que o partido “é um forte defensor da igualdade e eu, em particular, um grande admirador das capacidades das nossas mulheres, das mulheres madeirenses” disse Paulo Cafôfo, para reforçar o “orgulho” pelo PS/M apresentar “este ano 6 candidatas em 11 candidaturas”, apontou.
“Um exemplo nacional e um exemplo de igualdade do qual muito nos orgulhamos e que espelha bem as diferenças para os nossos principais opositores políticos que continuam a ver o mundo a preto e branco, com zero cabeças de lista mulheres”, lembrou, numa clara referência ao PSD e CDS.
“Dizer que são o futuro quando a sua forma de olhar o mundo se mantém no passado é uma contradição que espelha de forma perfeita a postura dos partidos que governam a Região”, criticou.
Ainda a propósito das próximas eleições, defendeu a necessidade de “aproveitar estas oportunidades para fazer opções e escolhas que minimizem os impactos e prepararem a Região para uma economia moderna, socialmente inclusiva e focada nas pessoas e na transição verde e digital. Uma economia ao serviço das comunidades e não dos interesses individuais. Esta é, também, a altura certa para modernizarmos as leis que nos regem. Nestas matérias p PS não deve nada a ninguém”, afirmou.
Paulo Cafôfo reiterou que esta é também “a altura certa para modernizar e ampliar a arquitectura legislativa que consagrou a Autonomia” e neste particular, lembrou que “está aberta a porta para a revisão da Constituição da República e para a possibilidade de se avançar com a revisão do Estatuto Político-Administrativo da Região” onde o PS diz estar comprometido neste diz ser “um desígnio supra-partidário” para que se consigam os resultados esperados na Assembleia da República.
Naquela que foi, para já, a mais longa intervenção na Sessão Solene Comemorativa do Dia da Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, não deixou de reclamar uma “melhorada” Lei das Finanças das Regiões Autónomas e criticar a maioria absoluta e em particular o “partido muleta” que suporta o Governo Regional.