Governo quer conselheiros das comunidades nos conselhos consultivos dos consulados
A secretária de Estado das Comunidades Portuguesas afirmou hoje que há vontade para que os conselheiros das comunidades portuguesas estejam "obrigatoriamente nos conselhos consultivos dos consulados", argumentando que "o primeiro interlocutor dos conselheiros" devem ser "os interlocutores locais".
"Posso dizer que, para nós, o conselho consultivo é um órgão importante. É um órgão eleito. Por isso também propusemos que os conselheiros estejam obrigatoriamente nos conselhos consultivos dos consulados, porque o primeiro interlocutor dos conselheiros, que representam as comunidades, devem ser os interlocutores locais: os cônsules, eventualmente os embaixadores, quando for o caso, e também, depois, a Secretaria de Estado das Comunidades", defendeu Berta Nunes.
A secretária de Estado, que falava no final da sessão de encerramento da reunião anual de três comissões temáticas do Conselho das Comunidades Portuguesas, em Lisboa, fez um balanço "muito positivo" dos dois dias com os vários grupos de trabalho.
"Tivemos várias reuniões com membros do Governo, com responsáveis dos serviços e procurámos corresponder a todas as necessidades e expectativas que os conselheiros nos colocaram na organização da reunião e ter aqui todas as pessoas que eles consideraram importantes para poderem colocar as suas questões e debater os vários temas", acrescentou, reiterando que "foi bastante produtivo".
Nesse sentido, Berta Nunes mostrou-se também "bastante satisfeita" com a avaliação feita pelos conselheiros", incluindo pelo presidente do Conselho Permanente do Conselho das Comunidades Portuguesas (CP-CCP), Flávio Martins.
O CCP, criado em 2007, é o órgão de consulta do Governo sobre matérias relacionadas com a diáspora.