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Cheias provocam pelo menos 68 mortos e dezenas de desaparecidos no Norte da Europa

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Foto EPA

As chuvas fortes provocaram pelo menos 68 mortes e dezenas de pessoas estão desaparecidas no norte da Europa, a maioria na Alemanha, que vive a sua pior catástrofe natural no período do pós-guerra.

Na Bélgica, onde as tempestades causaram nove mortes, os danos também são avultados, tal como no Luxemburgo e nos Países Baixos.

É na Alemanha ocidental que a situação é mais dramática, com um último balanço de 59 mortos e dezenas de feridos. Os corpos de nove residentes num centro para deficientes, surpreendidos pela subida das águas, foram encontrados na noite de quinta-feira.

Muitas aldeias permanecem isoladas, o que aumenta os receios de ver disparar o número de mortos. Várias dezenas de pessoas ainda estavam desaparecidas na noite de quinta-feira.

"É uma catástrofe, uma tragédia", disse a ´chanceler` alemã, Angela Merkel. "Receio que só nos próximos dias veremos a extensão total da catástrofe", acrescentou, numa conferência de imprensa em Washington, onde se encontra numa visita oficial.

Cerca de metade das mortes registaram-se na região ocidental da Renânia do Norte-Vestefália, a mais populosa da Alemanha, e o resto na vizinha Renânia-Palatinado, onde as águas revoltas criaram um efeito de ´tsunami`.

Só no cantão de Bad Neuenahr-Ahrweiler as autoridades disseram que desconheciam o paradeiro de 1.300 pessoas, embora acreditem que esse número está relacionado com as perturbações na rede telefónica.

Na cidade de Mayen, as ruas foram completamente inundadas. Na região, dois bombeiros morreram em operações de socorro, enquanto dois homens se afogaram nas suas caves inundadas.

As fortes chuvas fizeram com que os rios transbordassem, as árvores fossem arrancadas, as estradas e as casas fossem inundadas.

"Estes eventos climáticos extremos são as consequências das alterações climáticas", disse o ministro do Interior, Horst Seehofer, para quem a Alemanha deve "preparar-se muito melhor", acelerando as medidas de proteção ambiental.

Na Bélgica, quatro pessoas estão ainda desaparecidas. O exército foi destacado em quatro das 10 províncias do país, para ajudar nos esforços de socorro e nas numerosas evacuações.

Na região do Limburgo, no sul dos Países Baixos, milhares de pessoas foram aconselhadas a saírem das suas casas, por se prever que o rio Meuse, em Maastricht, atinja níveis históricos na sexta-feira.

De acordo com a agência noticiosa ANP, espera-se que as águas atinjam os níveis mais altos dos últimos dois séculos.