Mundo

Saiba aqui que notícias marcam a agenda de hoje

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Os polícias realizam hoje duas concentrações, em Lisboa, para contestar a proposta do subsídio de risco do Governo e exigir um suplemento no valor de 430,39 euros, num protesto organizado em conjunto pela PSP e GNR.

Treze sindicatos da Polícia de Segurança Pública e associações socioprofissionais da Guarda Nacional Republicana juntaram-se numa plataforma para exigir um subsídio de risco idêntico ao de outras forças e serviços de segurança, como os inspetores da PJ e do SEF.

As concentrações estão marcadas para as 10:00 em frente ao Palácio da Ajuda, onde decorre a reunião do Conselho de Ministros, e às 18:00, na Praça do Comércio, junto aos ministérios da Administração Interna e das Finanças, onde será entregue um memorando conjunto com as reivindicações.

As três associações socioprofissionais da GNR e os 10 sindicatos da PSP consideram que o "valor da vida e integridade física" destes elementos das forças de segurança "não pode ser inferior ao de outras polícias" e recordam que as estatísticas indicam que a PSP e GNR "são as profissões em Portugal que mais mortes e agressões sofrem".

Hoje, também é notícia:

CULTURA

O documentário "Visões do império", da realizadora Joana Pontes, chega às salas de cinema, depois de ter integrado a programação do festival DocLisboa.

O filme, em coautoria com os investigadores Miguel Bandeira Jerónimo e Filipa Lowndes Vicente, mergulha em arquivos públicos e privados para refletir sobre a utilização da fotografia durante a ditadura do Estado Novo, que visava a criação de uma narrativa imperialista dos territórios colonizados. Nesta reflexão sobre a construção de uma imagem do país até à Revolução de Abril de 1974, Joana Pontes também contou com recurso a fotografias tiradas em contexto privado e familiar.

Além do documentário, este trabalho de investigação resultou numa exposição que está patente até ao final do ano no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, e dará ainda lugar à edição de um livro.

ECONOMIA

A greve dos trabalhadores da SPdH (Groundforce) ao trabalho extraordinário, convocada pelo Sindicato dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA) arranca hoje e termina em 31 de outubro.

O sindicato justificou a convocação desta greve, considerando, entre outras razões, que, "desde fevereiro de 2021, que a SPdH vive uma situação de instabilidade insustentável, no que concerne ao pagamento pontual dos salários e outras componentes pecuniárias", acusando a TAP SGPS, SA, "na qualidade de acionista", de nada fazer "para garantir os salários dos trabalhadores da SPdH, não transferindo qualquer valor desde janeiro de 2021".

A TAP disse na quarta-feira estar "preocupada com a iminente disrupção operacional causada pela rejeição do acordo pela Groundforce" para o pagamento de subsídios de férias aos trabalhadores.

A Groundforce é detida em 50,1% pela Pasogal e em 49,9% pelo grupo TAP, que, em 2020, passou a ser detido em 72,5% pelo Estado português.

INTERNACIONAL

A chanceler alemã, Angela Merkel, está hoje em Washington, onde será recebida pelo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tendo como pano de fundo a questão do gasoduto NordStream 2 AG, entre Rússia e Alemanha, e a Ucrânia.

Segunda-feira, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenski, pediu aos Estados Unidos, que impôs sanções aos países envolvidos no projeto do gasoduto, que se juntem à Alemanha e França na equipa de mediação das negociações entre Moscovo e Kiev para encontrar uma solução diplomática para o conflito na região da Donbass, onde se situam as duas províncias do leste ucraniano controladas por rebeldes separatistas pró-russos.

Em relação ao gasoduto, de 1.230 quilómetros e cujas obras foram atrasadas pela ameaça de sanções norte-americanas, prevê-se que esteja concluído até ao fim de agosto.

Há várias semanas que Berlim e Washington mantêm conversações sobre esta questão e sobre a forma de dar garantias à Ucrânia quanto à manutenção das receitas obtidas da passagem do gás russo por outros gasodutos.

LUSOFONIA, COMUNIDADES E ÁFRICA

Angola promove hoje uma mesa-redonda sobre cooperação económica e empresarial, no âmbito da cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorre na sexta-feira e sábado em Luanda.

A mesa-redonda vai abordar questões relativas à promoção da cooperação económica e empresarial, identificação de bases de expansão do mercado intracomunitário, e formas de fortalecimento da atividade das confederações e associações empresariais.

Em debate também estará o reforço da plataforma consensual de diálogo multilateral ao serviço do financiamento, investimento, trocas comerciais, crescimento e desenvolvimento económico dos Estados-membros da CPLP.

Além destes temas, serão debatidas ideias que permitam "o estabelecimento de estratégias, políticas, programas, projetos e ações de domínio de um Pilar de Cooperação Económica e Empresarial no seio da Comunidade de Países de Língua Portuguesa".

A mesa-redonda é copresidida pelos ministros da Economia e Planeamento, Sérgio dos Santos, e das Relações Exteriores, Téte António, de Angola, e conta com participantes dos Governos dos Estados-membros, países observadores, academias, agências de promoção de investimento, entidades financeiras e bancárias, confederações e associações empresariais e comunicação social da CPLP.

A cimeira de chefes de Estado e de Governo dos países da CPLP (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste) realiza-se em 16 e 17 de julho em Luanda.

PAÍS

O Tribunal de São João Novo, no Porto, procede hoje à leitura do novo acórdão do julgamento sobre a deposição de resíduos industriais perigosos em São Pedro da Cova, em Gondomar, com seis arguidos acusados de poluição com perigo comum.

O caso levou a julgamento três gestores de uma sociedade à qual cabia dar destino aos resíduos e outros três responsáveis de sociedades que tinham a disponibilidade das escombreiras, mas todos acabaram absolvidos em acórdão proferido pelo mesmo tribunal, em abril de 2019.

Nove meses depois, o Tribunal da Relação do Porto anulou a decisão e determinou a reabertura do julgamento para esclarecimentos adicionais de peritos.

Milhares toneladas de resíduos industriais perigosos, provenientes da Siderurgia da Maia, foram depositadas nas escombreiras das antigas minas de carvão de São Pedro da Cova, concelho de Gondomar, distrito do Porto, ao longo dos anos de 2001 e 2002.

O último cálculo feito sobre os resíduos industriais perigosos em São Pedro da Cova apontava para a existência de ainda 137 mil toneladas no local, depois de no passado já terem sido retiradas 105.600 toneladas.

Os trabalhadores da Transtejo/Soflusa, empresas que asseguram a ligação fluvial entre Lisboa e a margem sul do Tejo, terminam hoje uma greve parcial de dois dias, de três horas por turno, após falta de entendimento com a administração.

Na quarta-feira, a paralisação teve uma adesão, durante o período da manhã, de 100%, segundo fonte sindical, e de 72%, de acordo com dados da empresa.

A decisão de avançar para a greve tinha sido tomada na sequência de uma reunião com a administração sobre atualizações salariais, considerada "inconclusiva" pelos sindicatos, depois de a empresa não ter manifestado "disponibilidade para negociar".

A Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa, enquanto a Soflusa é responsável por ligar o Barreiro à capital.

O Tribunal do Porto procede hoje à leitura do acórdão de um homem de 32 anos acusado pelo roubo de quase 28 mil euros em 28 assaltos, metade deles em farmácias, sempre sob ameaça de uma faca e atuando com rosto encoberto.

A acusação indica que foram ainda assaltados postos de correio, um banco, uma seguradora e um supermercado, em crimes consumados na Área Metropolitana do Porto, maioritariamente no município de Vila Nova de Gaia, entre maio e setembro de 2020.