Vigilantes da Securitas marcam nova concentração
Os trabalhadores de vigilância privada da Securitas marcaram uma nova concentração para dia 20, junto ao Ministério das Finanças, onde trabalhavam, depois de terem suspendido a de terça-feira, na esperança de recuperar os postos de trabalho, foi hoje anunciado.
O Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas, e Atividades (STAD), que corresponsabilizou na sexta-feira o Ministério das Finanças "pela situação dramática dos trabalhadores", marcou a primeira concentração e pediu uma reunião, com caráter de urgência, ao Ministério do Trabalho, com a Securitas, a Ovisegur e o cliente, o Ministério das Finanças, para exigir o cumprimento da Lei de Transmissão de Estabelecimento.
De acordo com o STAD, os 10 trabalhadores de vigilância privada da Securitas que exerciam funções na Secretaria-Geral do Ministério das Finanças, em Lisboa, "estão impedidos de ocupar o seu posto de trabalho, desde o dia 01 de julho", data em que a empresa de vigilância privada Ovisegur passou a assegurar aquele serviço.
Segundo o sindicato, a Ovisegur "recusa cumprir a Lei de Transmissão de Estabelecimento (Art.º 285 e 286 do Código do Trabalho), que determina que os trabalhadores transitem da empresa cessante para aquela que passe a prestar o serviço".
A reunião pedida realizou-se durante a manhã de terça-feira e, apesar de inconclusiva, os trabalhadores, depois de terem sido informados pelo sindicato, já no local da concentração, optaram por suspender o protesto e remarcá-lo para a próxima semana.
"Ontem [terça-feira], depois da reunião com todos os envolvidos, fomos ao local da concentração informar os trabalhadores e eles concordaram em suspender o protesto, com a condição do seu problema ser resolvido até sexta-feira", disse Rui Tomé, dirigente do STAD, à agência Lusa.
Está marcada uma nova reunião para segunda-feira, mas o sindicalista espera que seja encontrada uma solução para o problema destes trabalhadores até ao final da semana, para que não seja preciso concretizar a concentração na terça-feira.
"A solução é o cumprimento da lei, tanto o Código do Trabalho como o Contrato Coletivo do setor determinam que, quando a empresa prestadora do serviço muda, os trabalhadores mantêm o posto de trabalho e os respetivos direitos. Ou seja, a empresa que entra assume os trabalhadores que lá estavam", disse Rui Tomé.