“Tem de ser feito lobby político para defender os interesses da Zona Franca”
O vice-presidente do Governo Regional defende que “tem de ser feito um trabalho de lobby político, a nível de Bruxelas e da UE, para a defesa intransigente dos interesses da SDM”
“Quando se fala em lobbies há sempre uma conotação negativa, mas não há que ter medo de falar dessas situações”, dizia o vice do Governo da Região Autónoma da Madeira à margem da entrega dos Prémios Ambientais Zona Franca da Madeira. Acrescenta que “todas as outras praças a nível internacional fazem o seu trabalho de casa e são muitas vezes protegidas”, razão pela qual “a Madeira tem de fazer o mesmo, tal como os Açores fazem, tal como as Canárias fazem.”
O importante é que a Madeira “não fique para trás” e “faça o seu lobby político para defender os interesses da Zona Franca.” Pedro Calado explica que temos “mais de 6 mil postos de trabalho dependentes directa e indirectamente da Zona Franca, a SDM e o Centro Internacional neste momento contribuem entre 12% a 15% das receitas fiscais da região, estamos a falar de verbas acima dos 100 milhões de euros.”
Para o governante, estas verbas são “vitais para o desenvolvimento económico e social da Madeira”, pelo que devem ser utilizadas “todas as armas que tivermos para defender intransigentemente os interesses quer das empresas, quer da região.” Assim, “se tivermos de fazer lobby político, vamos fazê-lo”, assevera Pedro Calado.
Na opinião do vice-presidente do Governo Regional, é premente, neste momento, a promoção da imagem da SDM lá fora: “Tem de haver um grande trabalho para atrair investimento estrangeiro para a Região, e isso também já está registado no plano de actividades da SDM, é um trabalho a ser feito a nível nacional e a nível internacional.”
Relativamente ao novo ciclo da Sociedade de Desenvolvimento da Madeira na esfera pública, o vice-presidente do Governo atesta que tudo “está a correr bem”, e que “o trabalho que estava a ser feito mantém-se.” A nível de diferenças aponta apenas “condicionantes” nos procedimentos administrativos internos, que são agora processos “mais lentos e mais burocráticos.”