Professores vão contar com apoio psicológico específico
Reivindicações e problemas da profissão há muito identificados deverão ser retomados só em Outubro
Os professores e educadores da Região deverão contar, em breve, com um apoio psicológico específico, apontou Francisco Oliveira, à saída da reunião que manteve esta terça-feira com Jorge Carvalho, secretário regional com a pasta da Educação.
Embora ainda não tenham sido acertados os moldes em que este apoio se vai efectivar, o coordenador do Sindicato dos Professores da Madeira (SPM) acredita que vão ser encontradas as melhores soluções, que poderão passar por uma linha telefónica ou outro serviço que a Secretaria Regional da Educação, Ciência e Tecnologia (SRE) entenda ser adequado, para “dar resposta concreta do problema” que todas as partes envolvidas já identificaram.
Mas o encontro entre a principal estrutura sindical dos professores da Região e o secretário regional da tutela serviu para, acima de tudo, para fazer um balanço do ano escolar que agora termina e, ao mesmo tempo, perspectivar o retomar da actividade lectiva em Setembro próximo
Não deixando de apontar as medidas implementadas pela SRE no combate à pandemia, Francisco Oliveira destacou a “preocupação em dar resposta imediata aos problemas que iam surgindo no dia-a-dia”, o que fez com que os problemas da profissão há muito reivindicados pela classe docente não conhecessem qualquer avanço. A retoma desses assuntos deverá ocorrer só em Outubro.
Ainda assim, Francisco Oliveira destacou uma outra proposta levada ao secretário regional que visa resolver a dificuldade em substituir professores ao longo do ano, problema que se evidenciou durante a pandemia. A criação de uma bolsa de professores é a solução proposta pelo sindicato.
Mesmo reconhecendo a complexidade do processo, o coordenador do SPM refere que houve o compromisso da parte de Jorge Carvalho em analisar a aplicabilidade da medida, que passará pela criação de uma bolsa de substituições.
Essa lista de professores contratados deverá ser divulgada no último dia da abertura do ano lectivo, apontado para 17 de Setembro, medida que poderá agilizar a resolução dos problemas com que se depararam das escolas na substituição dos docentes em diversas circunstâncias.
A proposta apresenta, contudo, algumas condicionantes legais que o próprio coordenador do Sindicato reconhece, mas que espera possam ser facilmente ultrapassadas.