Pelo menos 32 pessoas morrem em onda de violência que atinge a África do Sul
O balanço de mortos na onda de violência e saques que atinge a África do Sul há vários dias subiu para 32, após mais 22 mortes confirmadas hoje pelo primeiro-ministro da província de KwaZulu-Natal, Sihle Zikalala.
Zikalala confirmou ainda que, até ao momento, 26 pessoas morreram nesta província do país. Outras seis mortes em Joanesburgo foram confirmadas na noite de segunda-feira pelo Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa.
O governante regional mencionou em particular o facto de várias destas mortes terem ocorrido durante "tumultos neste contexto de motins", sem especificar os locais em que ocorreram.
Os primeiros incidentes, com estradas bloqueadas e camiões incendiados, ocorreram na sexta-feira, um dia após a prisão no país do ex-Presidente Jacob Zuma, condenado a pena de prisão por desacato à justiça.
A violência, os saques e os incêndios espalharam-se no fim de semana na área metropolitana de Joanesburgo, a capital económica do país.
A situação teve continuidade até a madrugada de terça-feira, segundo vários jornalistas da agência de notícias AFP no local, especialmente em Soweto, um enorme município a oeste de Joanesburgo.
O Governo sul-africano destacou na quinta-feira militares das Forças Armadas (SANDF, na sigla em inglês) para as ruas de Gauteng e KwaZulu-Natal para ajudar a conter a situação de violência, pilhagens e intimidação que eclodiu no país desde quinta-feira após a detenção do ex-Presidente Jacob Zuma por desrespeito à Justiça e que parece não dar sinais de abrandamento.
As forças de segurança já fizeram detenções nas localidades em que ocorreram os tumultos.