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Saiba aqui que notícias marcam a agenda de hoje

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O antigo ministro socialista e ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos Armando Vara conhece hoje a decisão do processo em que está acusado de um crime de branqueamento de capitais.

O Ministério Público (MP) pede a condenação de Vara a pena efetiva de prisão não inferior a dois anos, medida que o seu advogado considerou exagerada face aos argumentos apresentados em julgamento.

Segundo o MP, foi feita prova dos factos imputados, destacando a relevância da prova testemunhal prestada pelo gestor de fortunas Michel Canals e pelo inspetor tributário Paulo Silva sobre o complexo circuito financeiro de contas na Suíça e em 'offshores' de que Vara era o verdadeiro beneficiário.

Para a acusação, foram transferidos cerca de dois milhões de euros para uma conta na Suíça em nome da sociedade offshore Vama, de que Vara era o beneficiário último, lembrando que o arguido, na fase de instrução criminal, 2009, "assumiu a titularidade de todas as contas" e admitiu ter cometido fraude fiscal.

Inicialmente acusado na Operação Marquês por corrupção passiva de titular de cargo político, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada, o ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos, após decisão instrutória do juiz Ivo Rosa, está a ser julgado em processo autónomo por um crime de branqueamento.

Armando Vara está a cumprir cinco anos de prisão no âmbito do processo Face Oculta, após condenação por tráfico de influências.

Hoje, também é notícia:

DESPORTO

O Benfica realiza hoje a reunião ordinária dos órgãos sociais, em que estará em análise a atual situação do clube, agora comandado por Rui Costa depois de Luis Filipe Vieira ter suspendido funções, devido ao processo Cartão Vermelho.

A reunião, que contará além dos elementos da direção do Benfica, com a Mesa da Assembleia Geral e o Conselho Fiscal, decorre um dia depois do advogado de Luís Filipe Vieira ter admitido que o seu cliente está a ponderar retomar funções, justificando que o empresário "quando entender retomá-las nada o impede de o fazer".

Filipe Vieira ficou no sábado em prisão domiciliária até à prestação de uma caução de três milhões de euros, estando indiciado por abuso de confiança, burla qualificada, falsificação de documentos, branqueamento de capitais, fraude fiscal e abuso de informação.

CULTURA

As obras de artistas portugueses adquiridas este ano para a Coleção de Arte Contemporânea do Estado vão ser apresentadas hoje, numa sessão com a ministra da Cultura, Graça Fonseca, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa.

Depois de uma paralisação de quase duas décadas, o programa de aquisições do Estado foi retomado em 2019, com uma dotação de 300 mil euros, que levou à compra de 21 peças. No ano seguinte, com um orçamento de 500 mil euros, mais 65 foram compradas, e, para este ano, foi anunciado um investimento de 650 mil euros.

A Coleção de Arte Contemporânea do Estado inclui mais de um milhar de obras de artistas como Abel Manta, Álvaro Lapa, Ângelo de Sousa, Eduardo Batarda, Helena Almeida, Ilda David, Julião Sarmento, Júlio Pomar, Pedro Calapez e Pedro Cabrita Reis, e também nomes como Andy Warhol, Robert Mapplethorpe e Sebastião Salgado.

ECONOMIA

O Conselho de ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin) aprova hoje o primeiro pacote de 12 Planos de Recuperação e Resiliência (PRR), entre os quais o português, abrindo caminho ao desembolso dos primeiros fundos do pacote de recuperação.

Após a adoção dos planos pelo Conselho, resta a Comissão Europeia celebrar com os Estados-membros os acordos de financiamento -- que regulam a transferência das subvenções -- e os acordos de empréstimos, o que deverá suceder nos próximos dias, para que comecem a ser libertados os primeiros fundos, ao abrigo do pré-financiamento de 13% (do montante total de cada PRR) previsto no regulamento, o que deverá então suceder ainda este mês ou no início de agosto.

Na última reunião presencial em Bruxelas antes das férias de verão, e a primeira sob presidência eslovena, os ministros das Finanças dos 27 irão dar 'luz verde' -- a chamada "decisão de execução do Conselho" -- às recomendações favoráveis da Comissão relativamente aos primeiros 12 planos cuja avaliação concluiu ainda em junho, de Portugal, Alemanha, Áustria, Bélgica, Eslováquia, Espanha, Dinamarca, França, Grécia, Itália, Letónia e Luxemburgo.

Os trabalhadores bancários manifestam-se hoje à tarde frente à Assembleia da República contra os despedimentos promovidos por vários bancos, numa manifestação organizada pelos sete sindicatos do setor bancário.

Face a vários processos de saída de trabalhadores em bancos que operam em Portugal, e várias instituições a assumirem mesmo que podem avançar para despedimentos coletivos, os sete sindicatos denunciaram o que consideram o "massacre" dos trabalhadores bancários e anunciaram uma manifestação nacional (marcada para hoje às 16:30, frente à Assembleia da República, em Lisboa).

Esta manifestação nacional dos sindicatos junta os sete sindicatos da banca, o que é inédito numa ação de luta do setor.

Os sindicatos acusam os bancos de estarem a despedir milhares de trabalhadores e ainda de criarem "pânico e temor generalizado nos bancários, de forma a que desistam de lutar pelos seus direitos" ao confrontarem os trabalhadores bancários com propostas de rescisão por mútuo acordo (sobretudo) e reformas antecipadas, ao mesmo tempo que fazem a "comunicação antecipada da implementação de medidas unilaterais, vulgo despedimentos coletivos".

PAÍS

Os trabalhadores da Transportes Sul do Tejo, que opera na Península de Setúbal, realizam hoje um plenário para analisar a negociação em curso com a administração da empresa sobre atualizações salariais.

A última reunião entre as partes decorreu no dia 06 e, no final, o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), referiu que ainda não tinha sido possível chegar a um entendimento, mas que a empresa se aproximou "bastante daquilo que é o conjunto das reivindicações dos trabalhadores".

Em junho, os trabalhadores da TST realizaram dois dias de greve para exigir uma atualização salarial.

A TST, detida pelo grupo Arriva, desenvolve a sua atividade na Península de Setúbal, abrangendo os concelhos de Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal, e efetuando serviços de transporte de passageiros, através de carreiras urbanas, suburbanas e rápidas.

LUSOFONIA, COMUNIDADES E ÁFRICA

A avaliação da banca em Angola é hoje feita publicamente em Luanda pela consultora Deloitte, numa cerimónia que conta com a participação de Paulo Portas, antigo vice-primeiro-ministro de Portugal.

Para a elaboração deste estudo, são analisadas as instituições bancárias em termos de dimensão, rentabilidade e eficiência, juntando estudos globais da economia e do setor, bem como entrevistas com os seus protagonistas.