Único presumível “culpado”
Um benfiquista “angustiado” com os desenvolvimentos judiciais à volta de Luís Filipe Vieira (LFV) apressou-se a referir que “o presidente não é o Sport Lisboa e Benfica”, a exigir “a sua saída da presidência do Sport Lisboa e Benfica”. Já, sem o mesmo ser julgado e sentenciado como culpado das acusações que sobre ele impendem, acusando ainda de “intelectualmente desonesto” quem se atrever a “confundir” as “malfeitorias” do presidente LFV com o glorioso Benfica. Se LFV é ou não culpado das “malfeitorias” de que é acusado pelo Ministério Público e se o Benfica clube/SAD estão eventualmente nelas implicados e tiraram ou não disso proveito só se saberá se e quando o mesmo for a julgamento e após a respetiva sentença transitar em julgado, até lá mantém-se a presunção de inocência, porque o verdadeiro julgamento tem lugar no Tribunal e não nos órgãos de comunicação social que muito recentemente o reverenciavam e requisitavam para entrevistas ainda que incapazes de lhe colocar qualquer questão incómoda relacionada com as “malfeitorias” de que todos agora o acusam e se servem para garantir audiências, tal como políticos e governantes que o apoiavam à procura de popularidade. Dissociar as ações de um presidente da instituição que representa só será possível depois de se saber quais as consequências dessas mesmas ações para a instituição, já que o presidente representa-a tanto naquilo que lhe acarreta de positivo como de negativo. O presidente tem a acompanhá-lo uma direção composta por diversos elementos por ele escolhidos e da sua confiança que é recíproca e que não se podem eximir às responsabilidades da gestão tanto as boas como as más, nem tão pouco os sócios que o elegeram sucessivamente desde 2013, sendo já nessa data o mesmo LFV que é hoje. Direção que apoiou sem reservas o presidente nos êxitos desportivos e patrimoniais do Benfica e que agora quer descartar-se e fazer dele o único presumível “culpado” do que correu mal.
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