Eleições Autárquicas Madeira

PSD não pactua “com medidas eleitoralistas" e "avulsas"

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“Não é aceitável que o município de Santana se tenha demitido das suas responsabilidades ao longo dos últimos oito anos e não tenha conseguido atrair investimento e empresas para o concelho para, agora, a dois meses das eleições, avançar com uma Bolsa de Emprego que representa uma solução a prazo e que, mais uma vez, não garante a estabilidade de que a nossa população mais precisa” critica a vereação do PSD eleita à Câmara Municipal de Santana que esta segunda-feira se absteve na votação da proposta para a criação de uma Bolsa de Emprego que, destaca o partido, “mais não é do que uma encenação política para disfarçar um problema que a autarquia não soube nem se revela capaz de resolver”.

O PSD diz que a Bolsa de Emprego “incentiva o trabalho precário” e acusa que o regulamento da Bolsa de Emprego tem no próprio regulamento o objectivo de "criar oportunidades de ocupação, ainda que de curto prazo, com intuito de valorizar a autoestima dos cidadãos”, lê-se no comunicado enviado pelo partido. 

O partido afirma que a população de Santana precisa, particularmente as famílias e os jovens, “não é de soluções laborais a prazo nem tampouco de medidas que não promovam, efectivamente, a estabilidade e a segurança dos postos de trabalhos", como dizem ser o caso desta proposta que, reforça a vereação na mesma nota, "não garante nem satisfaz as necessidades que o concelho actualmente precisa de colmatar”. 

PSD denuncia o que diz ser "falta de estratégia da autarquia para lidar com o problema do desemprego no concelho" e acredita  que “os problemas que afectam actualmente a população de Santana, têm de ser vistos, encarados e trabalhados para além do dia 26 de Setembro”.

Sublinham  ainda os vereadores, citados na mesma nota: “O que Santana precisa é de medidas, programas e projectos estruturais, a longo prazo, que apresentem soluções de fundo e não como estas, decididas à pressa, em reuniões marcadas à última da hora e onde são, aliás, omitidas informações de relevo capazes de sustentar as decisões a tomar, precisamente porque o executivo não quer nem sabe justificar o porquê do que apresenta, para além do seu objectivo político e partidário”.

“Em nosso entender, esta proposta incentiva a precariedade laboral, assenta numa estratégia claramente eleitoralista e não contribui para a fixação de famílias no concelho nem para o bem-estar da população e será caso para perguntar o porquê de, estando ciente do problema, a Câmara só ter avançado agora com esta Bolsa de Emprego”, remata a vereação Social-democrata, que se afirma apostada num trabalho sério e de fundo para, também nesta área, “apresentar soluções que efectivamente resolvam as dificuldades e não sirvam apenas de cosmética política”.