Enviado de Guterres pede apoio para combatentes desmobilizados em Moçambique
O líder do grupo de contacto para a paz em Moçambique e enviado pessoal do secretário-geral da ONU, Mirko Manzoni, lançou um apelo para que todos apoiem a reintegração dos combatentes da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo).
A desmobilização avança e tal "exigirá apoio adicional de todos os níveis da sociedade e de todas as partes interessadas, incluindo parceiros de desenvolvimento e o setor privado, que desempenham um papel central na reintegração económica e social", referiu num comunicado, datado de domingo.
"Apelamos a todos estes atores para que se associem ativamente e mantenham o seu pleno compromisso na causa da paz definitiva em Moçambique", sublinhou.
O apelo foi feito depois de o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) ter ultrapassado, no domingo, a fasquia dos 50% que se prevê abranger.
"Um marco significativo", referiu Manzoni, a propósito do encerramento da base de Zobué, província de Tete, no interior do país, onde estavam 360 combatentes, elevando assim para 52% dos 5.221 beneficiários o total de elementos já abrangidos.
"Passou-se pouco mais de um ano desde que os primeiros beneficiários do DDR regressaram a casa" e a base de Zobué é a décima a fechar de um total de 16, sublinhou.
"À medida que a paz é consolidada em Moçambique, assegurar a reintegração a longo prazo de todos os beneficiários do DDR, apoiando simultaneamente os esforços de reconciliação nacional, é uma parte cada vez mais importante da implementação do Acordo de Maputo", concluiu.