Resultados parciais das legislativas apontam vantagem mínima para conservadores na Bulgária
Os resultados das legislativas de domingo na Bulgária apontam o partido conservador GERB como o mais votado, mas com uma vantagem mínima sobre o principal rival, a formação Este Povo Existe (ITN), antecipando dificuldades na formação de um governo.
Após a contagem de 95,22% dos votos do sufrágio, o segundo desde abril, o conservador Cidadãos para um Desenvolvimento Europeu da Bulgária (GERB), liderado pelo populista e ex-primeiro-ministro Boiko Borisov, obteve 23,91% dos votos, informou hoje a Comissão Central Eleitoral do país dos Bálcãs.
O INT - do cantor e compositor Slavi Trifonov e que ingressou no Parlamento pela primeira vez nas eleições legislativas de 04 de abril - recebeu 23,66% dos votos e os socialistas búlgaros ficaram em terceiro lugar com 13,63% dos votos.
Em quarto lugar, com 12,55%, ficou o partido Bulgária Democrática, formação nascida dos protestos anticorrupção contra o Governo Borisov no verão passado, como o esquerdista Levante Bulgária! Mafiosos Fora! (5,04% dos votos), que ficou atrás do Movimento pelos Direitos e Liberdades, da minoria turca (10,59%).
Dada a margem muito estreita entre os dois partidos mais votados, o resultado pode mudar com o voto dos búlgaros que vivem no estrangeiro, que em sua maioria apoiam a oposição.
Apesar da perda de prestígio devido a escândalos de corrupção após mais de uma década no poder, os conservadores já haviam vencido as eleições de abril passado com quase 26%, mas a recusa do resto dos partidos em formar uma coligação e a ausência de um Governo alternativo levou às eleições antecipadas deste domingo.
O país é governado por um Executivo técnico e provisório até a formação de um novo Governo, o que será difícil com os resultados das eleições de domingo, já que não há aliança de partidos que agregue a maioria necessária de 121 dos 240 assentos parlamentares.
O país dos Balcãs, com sete milhões de habitantes e considerado o Estado-membro mais pobre da União Europeia, aderiu ao bloco em 2007, a par da vizinha Roménia.