Motorista repete candidatura pela CDU para expor problemas da Ribeira Brava
O motorista de transportes públicos Marcelino Rodrigues volta a ser o candidato da CDU à Câmara Municipal da Ribeira Brava porque insiste em "trazer para o debate político" os vários problemas do concelho.
"Sendo natural da Ribeira Brava, nascido e criado, sei que posso trazer para o debate político questões que só uma candidatura como a CDU trará", afirmou o candidato à agência Lusa.
Entre estas questões referiu os "problemas relacionados com os direitos das populações no acesso a direitos fundamentais, tais como o transporte público e a defesa dos produtores agrícolas", além da "defesa no acesso aos cuidados de saúde por parte das populações".
Nascido em 29 de março de 1963, Marcelino Rodrigues, é militante do PCP e salienta que esta não é a sua "primeira experiência política", porque já foi "cabeça de lista da CDU [à Câmara Municipal] em outras duas eleições autárquicas (20013 e 2009)".
Sobre os principais problemas que identifica neste concelho na zona oeste da Madeira, na parte sul da ilha, o motorista apontou "a falta de qualidade, a insuficiência e os elevados custos do transporte público, no interior do concelho e a Ribeira Brava e o Funchal".
Também indicou as "dificuldades sentidas pelos produtores agrícolas no acesso à água de rega", mencionando que falta também "uma rede de mercados locais para valorizar os produtos agrícolas do concelho".
Para resolver estas situações, o candidato da CDU propõe a criação de "um plano de maior acessibilidade aos transportes públicos de passageiros".
A valorização dos produtores agrícolas e a implementação de uma rede de mercados municipais para garantir o maior escoamento da produção agrícola do concelho, são outras das duas medidas que preconiza para este setor.
A CDU considera que "um bom resultado" nas eleições autárquicas que se realizam em 26 de setembro seria "conseguir ter eleitos para a assembleia freguesia ou a municipal", recordado que nas últimas autárquicas "esteve bem perto, não conseguiu por apenas quatro ou cinco votos".
"Esse seria um primeiro passo", sublinhou, admitindo que conseguir representação na vereação da Câmara Municipal "é muito difícil".
No ato eleitoral há quatro anos, na Ribeira Brava, a coligação PCP/PEV teve 70 votos (0,9%).
O movimento Ribeira Brava Primeiro (RB1) liderado por Ricardo Nascimento, que governa o município conseguiu 51,79 % (4.024 votos) e assegurou quatro vereadores, o PSD/PPD, que sempre governara este município, foi o segundo partido mais votado e reuniu 2.519 votos (32,42%) e elegeu os outros três elementos que compõem o executivo.
O JPP obteve 6,19% (481 votos), o PS 4,52% (351 votos), seguindo-se a CDU, o BE (52 votos -- 0,67%) e o PTP (49 votos -- 0,63%).
Assim, nas autárquicas de 2017, O executivo camarário, que sempre esteve nas mãos do PSD, passou a ser governado por um movimento, sendo composto por sete elementos, quatro do Ribeira Brava Primeira (RB1) e três do PSD.
Ricardo Nascimento já tem o apoio declarado do PSD e CDS à recandidatura, mas vai recandidatar-se pelo mesmo movimento.
Assim, até a momento estão também anunciadas a recandidatura de Ricardo Nascimento (RB1) e as candidaturas de Olga Fernandes (PS) e Celestino Conceição (Chega) no concelho da Ribeira Brava.
O concelho da Ribeira Brava integra as freguesias do Campanário, Ribeira Brava, Serra de Água e Tábua, nas quais residem 13.375 pessoas (Censos 2011).