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Boas Férias, com saúde

Há sonhos de férias em determinados lugares que, se calhar, poderão ser adiados pela incerteza do momento

O desejo é comum para quem trabalha (nada, pouco ou muito) porque “estar de férias” no verão ou no inverno, o que se pretende é fazer “rien de rien”.

Longe vão os tempos em que os principais constrangimentos das férias eram os tostões disponíveis. Entre destinos mais ou menos exóticos, aos mais ou menos tranquilos, entre os sonhos e as possibilidades, de avião, comboio, barco, carro, bicicleta ou a pé, cada um foi fazendo como podia, com os tostões que tinha.

Saudades destes tempos.

Hoje, racional e responsavelmente não é possível ser assim.

Em primeiro lugar, com poucos ou muitos tostões, é preciso saber para onde podemos ir. Como temos visto, a lista de países que deixam entrar “o português de Portugal” vai variando. A lista de restrições e de obrigações nos países onde o português entrou, também vai variando.

Varia em todo o mundo, conforme a evolução da situação epidemiológica da COVID-19. Varia também em Portugal, na Madeira e no Porto Santo, para quem nos visita, a bem da salvaguarda de todos nós.

As férias possíveis este ano ficam com mais este up grade. É chato, mas tem de ser. É uma espécie de “kinder surpresa” como foi o exemplo da saída precoce de ingleses e alemães no vaivém da exigência de quarentena. Será muito interessante analisar, daqui a uns pares de anos, este aspeto particular. Nos primórdios da Pandemia a chegada à Madeira implicava quarentena e sabemos a tinta que correu.

Outra preocupação: apresentar o comprovativo de teste à COVID-19, com resultado negativo. Também aqui temos situações diferentes de acordo com a evolução da pandemia e as determinações das Autoridades de saúde pública. Conforme o tipo de teste, o período máximo para realização antes do embarque varia. A idade mínima em que é exigido também varia.

Atenção que ali ao lado, Malta prepara-se para acolher apenas turistas vacinados portadores de certificado de vacinação europeu e britânico.

Sem vacina, Malta não aceita.

Depois a bagagem tem de incluir, entre outros acessórios de proteção conforme o destino e o interesse das férias, as máscaras de proteção, coisa que normalmente só observávamos no mundo asiático ou quando o mundo asiático vinha até nós.

O mundo asiático veio até nós, por motivos menos bons, que nos obrigam a mudar a forma de viver também nas férias.

Não seria nada bom um regresso de madeirenses após as suas férias, com comprometimento em termos de saúde. Cuidem-se, é o meu apelo.

Há sonhos de férias em determinados lugares que, se calhar, poderão ser adiados pela incerteza do momento.

Cá dentro, estão hoteleiros e restaurantes, ansiosos por receber turistas. Sejamos turistas cá dentro e a fazer rien de rien, com muita saúde. Boas Férias!