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Crescimento do PIB nos EUA acelera para ritmo mais rápido em 25 anos

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EPA/JUSTIN LANE

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em alta o crescimento económico nos Estados Unidos, para 7% em 2021, o ritmo mais rápido em 25 anos.

"O crescimento [da economia norte-americana] em 2021 deve ser de cerca de 7,0%, o ritmo mais rápido registado numa geração", ou seja em 25 anos, destacou na quinta-feira o FMI no seu relatório anual sobre a maior economia do mundo.

Esta organização considerou a recuperação económica norte-americana de "notável", após a recessão histórica em 2020.

O FMI elogiou ainda as muitas medidas económicas tomadas pelo presidente democrata Joe Biden no apoio à economia e disse também acreditar que os riscos para o crescimento são "moderados", deixando de lado as preocupações com a aceleração da inflação.

"Os indicadores económicos sugerem que persiste uma desaceleração significativa no mercado de trabalho, o que deve servir como uma válvula de escape para aliviar a pressão sobre salários e preços", salientou.

A instituição vincou ainda que "o principal risco" para a economia dos EUA é a pandemia de covid-19.

"A natureza da pandemia mudou globalmente. Novas variantes estão a circular a uma escala global e regista-se uma mudança nas hospitalizações e mortalidade nos Estados Unidos", apontou, lamentando que a campanha de vacinação ter desacelerado apesar das vacinas estarem "amplamente disponíveis nos Estados Unidos".

Em abril, o FMI esperava um crescimento de 6,4%, mas agora baseia as suas previsões na previsão de que o Congresso irá adotar, durante este ano, um plano de investimentos em infraestruturas e um plano de apoio às famílias.

Mas o FMI instou também a administração de Joe Biden a remover impostos criados pela Administração do ex-presidente Donald Trump, considerando "muito preocupante que muitas das distorções comerciais introduzidas nos últimos quatro anos permaneçam em vigor".

Em particular, o FMI sublinhou as taxas mantidas sobre o aço e alumínio, máquinas de lavar, painéis solares e sobre uma vasta gama de produtos importados da China.

O FMI realçou que Washington continua a querer dar prioridade aos produtores norte-americanos nas compras públicas, mantendo a política 'buy american' ['compre produtos americanos', em português] do Governo anterior.

"Estas políticas devem ser reconsideradas", recomendou.