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Detido suspeito de burlas com MBWay que lesou várias pessoas em 200 mil euros

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A Polícia Judiciária (PJ) de Aveiro deteve um homem de 23 anos suspeito de estar envolvido em burlas através da aplicação MBWay, lesando várias pessoas em cerca de 200 mil euros, informou hoje aquele órgão de polícia criminal.

Em comunicado, a PJ refere que o jovem, que foi detido fora de flagrante delito, está indiciado na prática dos crimes de falsidade informática, burla informática agravada e acesso ilegítimo.

Segundo a PJ, o detido, residente nos arredores da cidade de Aveiro, sem ocupação profissional conhecida, terá burlado inúmeras vítimas, que anunciavam a venda de bens em plataforma 'online' de comércio de artigos usados.

De acordo com a investigação, o suspeito "convencia as vítimas a aderirem ao serviço 'MBWay', para receberem o pagamento, momento em que, ardilosamente, aproveitando a pressão naturalmente existente da execução de um procedimento novo na caixa multibanco, induzia à associação, ao cartão bancário deste serviço, de um telemóvel de que tinha a total disponibilidade".

"Com estes procedimentos logrou o acesso a largas dezenas de contas bancárias, efetuando movimentos de retirada dos fundos existentes, de valor já estimado superior a 200 mil euros, dos quais foram encontradas evidências, em mais de 700 lançamentos analisados, ocorridos no espaço de tempo de 20 meses, da existência de depósitos a seu favor a rondarem os 150 mil euros, ou seja, uma média de cerca de oito mil euros por mês", refere a mesma nota.

Ainda segundo a PJ, a ação desenvolvida, que envolveu a realização de buscas e pesquisas que permitiram a apreensão de artigos e dados relacionados com os crimes, envolveu a obtenção de informações junto de entidades sedeadas fora da jurisdição nacional, que permitiram indiciar o suspeito, desde o ano de 2018, na utilização de plataformas de negociação 'online', como sejam dos mercados Forex, CFDs, Criptomoedas, Commodities e de pagamentos através de carteira virtual, por onde passaram parte dos valores retirados das contas bancárias das vitimas.

O detido foi presente a primeiro interrogatório judicial, tendo-lhe sido aplicadas as medidas de coação de apresentações bidiárias, proibição de utilização de meios eletrónicos e proibição de contactos.