Madeira

Manifestação dos lesados do Banif em equação após reunião com Costa

Para já, "não está decidido se há ou não manifestação" e o presidente da ALBOA explicou o porquê. "É difícil transmitir às pessoas que há uma solução quando ainda está para ser constituído o tal grupo de trabalho. As pessoas estão há praticamente seis anos à espera e consideram uma oportunidade única o primeiro-ministro e o presidente da república estarem cá", justificou.

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Decisão de suspender ou não o protesto agendado para amanhã será comunicada ainda esta quarta-feira pela ALBOA

António Costa saiu a correr do Hotel Cliff Bay, no Funchal, depois de ter estado reunido com uma delegação da Associação de Lesados do Banif (ALBOA) liderada pelo seu próprio presidente, Jacinto Silva, que coloca em equação a suspensão de uma manifestação que estaria agendada para amanhã, em pleno Dia de Portugal.

"Da minha parte saio - não posso dizer contente - mas com o sentimento de que há abertura por parte do Governo para a constituição de um grupo de trabalho e não vai demorar muito", referiu Jacinto Silva à porta da unidade hoteleira onde decorreu a reunião com o primeiro-ministro, figura da qual a ALBOA não sentiu "qualquer pressão" para que desconvocassem o protesto.

No fundo, a reunião que nós tivemos surgiu na sequência das reuniões que tivemos na segunda-feira, quer com o representante do primeiro-ministro, quer com o Presidente da República, onde foi transmitida a intenção de criar uma comissão de trabalho cujo a aceitação de António Costa, à chegada, foi evidente. Está disponível para que seja criado o tal grupo de trabalho, no sentido de analisarmos todas as pontas do processo e criarmos uma solução. Jacinto Silva

Banco de Portugal vai concluir em breve avaliação de recuperação de créditos do Banif

O primeiro-ministro revelou hoje que deverá ser concluído em breve pelo Banco de Portugal o processo de avaliação da "potencialidade de recuperação" de créditos dos lesados do Banif, sublinhando a necessidade de gerir com "sentido de justiça" e "prudência" a matéria.

Para já, "não está decidido se há ou não manifestação" e Jacinto Silva explicou o porquê. "É difícil transmitir às pessoas que há uma solução quando ainda está para ser constituído o tal grupo de trabalho. As pessoas estão há praticamente seis anos à espera e consideram uma oportunidade única o primeiro-ministro e o presidente da república estarem cá", justificou.

E este grupo de trabalho vai resolver alguma coisa? "É óbvio que sim", respondeu prontamente Jacinto Silva, esclarecendo que "os grupos de trabalho são constituídos de forma séria com os devidos representantes das entidades que têm de intervir, quer da parte do Governo, quer da parte das associações, quer da parte das entidades que poderão vir a gerir os fundos de recuperação".

"Julgo que há todas as condições para que esse grupo de trabalho seja bem-sucedido mesmo seis anos depois", vincou, aproveitando para recordar que este é "um processo muito complexo". Ainda na opinião do presidente da ALBOA, era bom "chegarmos aos seis anos com a solução, mas faltam seis meses, portanto, é mais do que suficiente".