Tudo o que precisa de saber para contemplar o céu com o telescópio
Quer iniciar-se no mundo maravilhoso da astronomia? A Madeira Optics explica-lhe tudo! São várias as pessoas que vivem fascinadas pela beleza infinita do Universo e que se perdem a tentar decifrar todos os pontinhos reluzentes no céu. Se tem curiosidade em perceber mais sobre esta matéria, este artigo é para si!
Um telescópio com uma lente adequada facilita esta ou aquela observação, mas desengane-se quem julga que basta apontar o telescópio para o céu e segundos depois já começa a ver planetas multicoloridos, aglomerados de estrelas ou até mesmo galáxias. A realidade é ligeiramente diferente! Convém saber que a capacidade de ampliar objectos distantes não se prende necessariamente com a qualidade de imagem do telescópio, até porque um telescópio mais barato pode ter um grande poder de ampliação, mas não significa que vai conseguir observar algo, pois isso dependerá única e exclusivamente do poder de resolução.
Para que possa entender melhor, façamos a comparação de um telescópio a uma câmara que pode ajustar ao olho. Ao comprar uma câmara simples e mais barata poderá ver os objetos ampliados até 70 vezes, por exemplo, mas se for aumentando, percebe logo que os objetos vão ficar cada vez mais escuros e desfocados. Mas se usar uma câmara superior a essa, poderá obter uma ampliação até 500 vezes mais e não perderá a qualidade de imagem e, mais do que isso, o tamanho dos objetos permanecerá igual.
No fundo, a resolução é medida em segundos angulares e é importante perceber que quanto maior for o diâmetro da lente, melhor será a resolução e é claro que conseguirá visualizar os objetos mais distantes.
Note também que para conseguir uma qualidade de imagem superior, a ampliação não deve exceder o diâmetro da lente em milímetros. Por exemplo, uma lente de 100 mm é indicada para uma ampliação de 100x. Quando a lente é de boa qualidade e as condições atmosféricas são normais, há quem aumente até 1,5 ou 2 vezes, mas segundo a Madeira Optics não é recomendável aumentar a ampliação.
Agora que já sabe que ter um telescópio com uma boa resolução é o ideal, também convém perceber o que pode efetivamente observar através dele e não vá atrás de cantigas, até porque há alguns mitos populares que, convenhamos, têm que ser aniquilados! Se não repare:
-Não é possível ver satélites através de um telescópio porque movimentam-se muito rápido;
-É realmente possível ver as estrelas, mas não os seus detalhes. A única estrela que pode ver na perfeição é o Sol;
- Se tenciona analisar detalhadamente os discos estelares ou descobrir as diferenças entre as estrelas da constelação da Ursa Maior e as da Ursa Menor também não vai conseguir e isto porque a estrela mais próxima do nosso sistema solar, a Proxima Centauri, é 7 vezes menor que o Sol e encontra-se a 4 anos-luz de distância. Para conseguir vê-la seria necessário um telescópio com lente de 140 metros de diâmetro, o que é impossível em condições terrestres porque neste momento o maior telescópio ótico que existe, o Grand Canary Telescope, tem um espelho somente com 10,4 metros de diâmetro.
Mas há boas notícias! Pode observar a Lua mesmo com um telescópio pequeno e ver as crateras, fendas, mares e ranhuras que lá existem. Seja com 100x ou até mais de ampliação, a Lua não irá caber no campo de visão do seu telescópio, por isso terá de efetuar a observação por fases. Aliás, com condições meteorológicas favoráveis poderá observar a Lua todas as noites dependendo da mudança de fases, para assim poder analisar cada detalhe.
Pode também observar o Sol através de um telescópio que possua de preferência um filtro solar fiável para não prejudicar os seus olhos. Deve fixá-lo, com segurança, no tubo do telescópio para então começar as suas observações a esta estrela. Mesmo um telescópio com dimensões reduzidas permitir-lhe-á ver as manchas solares que são as mais escuras na superfície brilhante do sol e vai gostar também de saber que ao observar esses pontos diariamente poderá observar a rotação do Sol.
No que diz respeito aos planetas, verá apenas pequenos pontos brilhantes no céu. Por exemplo, no caso de Marte e mesmo com um telescópio grande, apenas verá um círculo pequeno. Quanto a Saturno, os anéis são visíveis mesmo com um telescópio pequeno, mas a verdade é que se observar com telescópios de pelo menos 200 mm de diâmetro, poderá ver os seus satélites e a divisão principal entre os anéis, denominada de Lacuna da Cassini e ainda os cinturões nebulosos.
Se está curioso em saber se pode visualizar as galáxias, pode! Mas apenas uns pequenos pontos brancos. Se recorrer a uma ampliação maior poderá observar as suas formas e braços espirais. Os aglomerados de estrelas também são visíveis. Um dos mais famosos é Plêiades, situado na constelação de Touro, e pode ver efectivamente os aglomerados mais ou menos como se fossem estrelas empilhadas. O mesmo acontece com as estrelas binárias que também são visíveis! Se quer ver nebulosas, o melhor mesmo é experimentar quando o céu estiver mais escuro e utilizar um telescópio com um diâmetro de pelo menos 200 mm.
E tal como as nebulosas e as galáxias, os cometas são visíveis e aparecem como pequenos pontos brilhantes, mas também possuem cauda. Cometas grandes e brilhantes são raros de se ver. Posto isto, e ficando já com as noções básicas sobre as observações astronómicas, percebe que quanto mais praticar e experimentar diferentes telescópios e filtros maior será o número de objetos que conseguirá observar. E se tiver um telescópio com boa resolução conseguirá obter melhores resultados.
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