Vacinas contra a covid-19 sem custos para a Madeira
Pedro Ramos diz não ter havido, até ao momento, qualquer indicação em contrário da parte do Ministério da Saúde
Ao contrário do que inicialmente era apontado, a Madeira não terá qualquer custo com as vacinas contra a covid-19. A confirmação foi dada pelo secretário regional de Saúde e Protecção Civil, esta manhã, na apresentação de um novo projecto europeu ligado à saúde e ao bem-estar no qual a Região é parceira.
Conforme deu conta Pedro Ramos, "neste momento não há qualquer informação por parte do Ministério da Saúde, da Direcção-Geral da Saúde ou mesmo do Governo da República de que a Madeira fosse obrigada a fazer qualquer tipo de pagamento".
O governante reafirmou que a vacinação contra a covid-19 "é um projecto nacional, no qual as regiões autónomas estão incluídas", cabendo à Madeira 2,5% das vacinas recebidas por Portugal.
Por conseguinte, sempre que há constrangimentos nas entregas feitas na República, a situação repercute-se na Região. Foi o que aconteceu com as vacinas da Janssen, levando a que a Madeira tenha recebido apenas 5.500 vacinas, das 7.500 que estavam previstas.
Ainda assim, o objectivo de alcançar a imunidade de grupo em Setembro mantém-se, deu conta Pedro Ramos.
Nova máquina integra o projecto Smart4Health
Foi esta manhã apresentada a nova máquina que integra o projecto Smart4Health, uma iniciativa de âmbito europeu na área da digitalização da Saúde e coordenada pelo Instituto de Desenvolvimento de Novas Tecnologias UNINOVA e que tem a Madeira como parceira, através das Secretarias Regionais do Turismo e Cultura e de Saúde e Protecção Civil.
Este equipamento, que permite fazer diagnósticos e tratamentos de alguns problemas lombares, vai estar incorporado no Ginásio Platinium, no centro do Funchal, nos próximos seis meses. Uma máquina idêntica a esta já está montada espaço 'Madeira Digital Health and Wellbeing', no Forum Madeira. Ambas estão associadas ao Smart4Health.
Conforme deu conta Carla Alves, gestora do projecto, o objectivo passa por transformar o cidadão no gestor dos seus dados de saúde, dando-lhe o poder de os disponibilizar em situações tão diversas como no acesso a cuidados ou na partilha com técnicos de saúde e bem-estar, tanto no país de origem, como no espaço europeu.
A máquina agora disponibilizada à população visa permitir testar o funcionamento da plataforma. A sua validação carece da participação de 200 mil cidadãos dos vários países parceiros. Os interessados em participar podem fazê-lo gratuitamente num dos dois espaços onde os equipamentos estão montados.
Para o secretário regional de Saúde e Protecção Civil este projecto, juntamente com outros que são dinamizados pela UNINOVA e nos quais a Madeira está integrada, vêm comprovar que a Região "está a dar os primeiros passos a nível europeu".
Estes são projectos que vão "ao encontro daquilo que são as preocupações do Governo Regional em matérias da Saúde", apontou o governante com a tutela destas matérias.