Madeira

Há petróleo no Santo?

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Boa noite!

Os súbitos apetites suscitados por mais um acto eleitoral que se aproxima num clube com história na Madeira estão a levantar suspeitas, a gerar mau ambiente e a motivar reparos.

Sobretudo porque há gente a perder a cabeça, a baixar o nível e a deixar corados os que julgavam até agora estar em família, pelos vistos, desavinda.

Aquilo que devia ser uma disputa normal e decorrente de vontades colectivas virou um foco de tensão permanente e primitiva, de resultados imprevisíveis, como indiciaram os ânimos exaltados que se fizeram notar no último sábado de Maio perante ilustres vindos de fora.

Quem viu assume ter ficado envergonhado com a propensão evidenciada por alguns protagonistas para chegar a vias de facto em assuntos que antes se tratavam com modos e conversas civilizadas. Mesmo que houvesse petróleo a jorrar nos 18 buracos do campo e que uma ou outra facção sinta que é hora de tomar de assalto o que está à mão de semear, o Clube de Golf do Santo da Serra não é passível de ser confundido uma qualquer agremiação improvisada, constituída para gerir umas partidinhas de bisca ou de milhada.

Neste e noutros clubes talvez não fosse má ideia começar a experimentar e a pensar na limitação de mandatos para que as passagens de testemunho sejam preparadas com naturalidade e atempadamente, para que as lutas eleitorais não sejam desiguais e para que as habituais jogadas de bastidores, sabe-se bem a troco de quê, deixem de fazer sentido.

A pior coisa que pode descer do Santo é que influentes golfistas se transformem em perigosos golpistas.