Madeira

Marcelo diz que a Madeira "é um destino que vale por si"

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O presidente da República critica o argumento da variante da Índia para justificar as restrições impostas pelo Reino Unido aos viajantes oriundos de Portugal.

“O argumento da variante vinda da Índia é um argumento que valia tanto há um mês como vale agora”, considera. Diz mesmo que a situação presente já “era assim antes de haver a final da Champions, manteve-se assim durante a final da Champions e não se alterou muito depois da final da Champions”. Argumentos para concluir que “não é certamente essa variante a razão de ser da posição”, ou seja, “o argumento da variante não é argumento”, afirmou ao desembarcar no Aeroporto da Madeira.

Na opinião de Marcelo Rebelo de Sousa “deve haver outros argumentos de natureza unilateral” para justificar a medida do governo britânico. Ainda assim pede cautelas ao sublinhar que o objectivo de Portugal “não é criar diferendos”, mas antes “entendimentos” com os outros estados. Defende por isso que o Governo deve encontrar “o máximo de acordo possível”, que espera seja possível concretizar com Espanha e com o Reino Unido.

Lembra os “laços de amizade, de relacionamento e toda uma tradição”, que no caso da Madeira existe particularmente com o turismo britânico, e em Portugal continental, sobretudo com Espanha.

Sobre as consequências que a medida do governo britânico pese no mercado turístico da Madeira, sustentou que “a Madeira em particular, tem virtualidades tais que ultrapassa estes acontecimentos”. Diz mesmo que “é um destino que vale por si de tal maneira” que não tem dúvidas que vai ultrapassar este contratempo imposto pelo Reino Unido.

Elogiou de resto o convite que Miguel Albuquerque endereçou hoje a Boris Johnson. “Foi uma boa iniciativa o presidente do Governo Regional da Madeira de convidar o Primeiro ministro britânico a vir cá estar (lua-de-mel), logo que possível, e aqui passar um tempo certamente aprazível”, disse.