Fronteira da democracia

A António Costa (AC) não o preocupam os 11,9% de André Ventura (AV) nas presidenciais a 1% da “única” candidata do “socialismo democrático” como se intitulou Ana Gomes, os outros 2 candidatos da esquerda seriam do socialismo anti-democrático, nem o Chega à frente do BE nas sondagens. Para AC “Mais perigoso do que o Chega é a contaminação do PSD pelas ideias da extrema-direita”; “A forma como o PSD se tem deixado aprisionar e condicionar pela agenda do Chega, isso é que é perigoso porque enfraquece a alternativa do PSD”; “Deve haver uma clara fronteira entre os que estão do lado de cá da democracia e os que estão do lado de lá da democracia”. Talvez AC de tão “entretido” com a presidência da UE não se tenha dado conta que AV já militou no PSD onde tentou fazer valer as suas “ideias” políticas e singrar politicamente só que não o conseguiu e acabou por sair tal como entrou sem que se desse por ele, e se não conseguiu “contaminar” o PSD enquanto lá esteve é pouco verosímil que o consiga depois de lá ter saído, o que deveria deixar AC “descansado”, se não fosse uma falácia isso da preocupação de AC com o “enfraquecimento” do PSD como alternativa de governo ao PS. A única preocupação de AC é poder continuar a enganar-nos com OE cheios de promessas por cumprir. PS cuja governação nos últimos 20 anos nos levou quase à bancarrota, acordou com a Troika a imposição da austeridade e de uma carga fiscal que nunca foi revertida e que penaliza sobretudo a classe média, pese embora a propaganda enganosa dos governos de AC. Já a “fronteira” entre os que estão do “lado de lá” e os que estão do “lado de cá” da democracia é a mesma que a separa qualquer tipo de ditadura seja de direita ou de esquerda. Sem qualquer pejo AC com a falácia da “contaminação” do PSD pelo Chega, arma-se em defensor da “fronteira” da “democracia” que ele próprio viola, procurando desviar atenções da sua aliança com o PCP que desde sempre apoiou as ditaduras comunistas anti-democráticas.

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