Eleições Autárquicas Madeira

"Não podemos ter uma cidade que vive à espera de um cabaz"

Pedro Calado ambiciona uma "cidade melhor, uma cidade de esperança e uma cidade de crescimento"

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Pedro Calado não foi meigo nas palavras que proferiu, esta tarde, na inauguração da sua sede de candidatura à Câmara Municipal do Funchal (CMF) nas próximas eleições autárquicas e desferiu vários ataques ao executivo autárquico.

Ao ambicionar uma "cidade melhor, uma cidade de esperança e uma cidade de crescimento", o candidato da coligação 'Funchal Sempre à Frente' disse que "não podemos ter mais uma sociedade de subsídio-dependência" que "vive à espera e de mão estendida para que chegue um cabaz de compras ou legumes pela porta dentro".

"O Funchal é muito mais do que isto. O Funchal tem de ser uma cidade atractiva, tem de ser uma cidade de investimento, tem de ser uma cidade capaz de trazer investidores nacionais e internacionais onde se criem postos de trabalho, onde as pessoas vivam com dignidade, onde têm o prazer de trabalhar. A ajuda social está feita para aqueles que precisam mesmo, mas o melhor que podemos oferecer à população é dar-lhes um trabalho com dignidade. Pedro Calado

Calado ambiciona também uma "cidade limpa, asseada, desenvolvida, promotora, com estratégia e planeamento sobretudo na área do urbanismo – porque não podemos andar a gerir uma cidade com remendos nem em cima do joelho", escusando-se a repetir as "desculpas de mau pagador" do actual edil.

"Estive oito anos na Câmara do Funchal e sei muito bem o que é gerir dificuldades. Sei muito bem gerir uma causa pública com pouco dinheiro (...) No Governo nunca nos escusámos para deixar de fazer o que era necessário fazer em prol da nossa sociedade", atirou, criticando ainda as autarquias guiadas pelos socialistas.

Aquilo que nós temos como exemplo de autarquias do PS, quer seja cá, quer seja no continente, são autarquias de muito pouco investimento. São autarquias que se escusam sempre na falta de orçamento, sempre com desculpas e sempre a tentar adiar aquilo que é inadiável, que é o investimento público e o reconhecimento daquilo que a população deve fazer. Pedro Calado

Sobre a sede hoje inaugurada, Pedro Calado falou num "espaço simples, de trabalho" que quer "aproveitar para receber e ouvir a população".

"Este espaço não é de convívios nem de lazer. Vamos reunir toda a sociedade e vamos fazer as conversas com o Funchal – já na próxima semana teremos a primeira com as empresas – para ajudá-las a usar as energias e os recursos que hoje estão disponíveis para crescer", adiantou.

O Funchal tem de trabalhar em sintonia com os organismos e as instituições do Governo Regional. Não podemos ter mais uma autarquia de costas voltadas para o Governo e onde a única coisa que consegue fazer é ficar de braços cruzados e de mão estendida a Lisboa. Não podemos permitir que o Funchal, ou qualquer outro município da Região, viva de cócoras e de mão estendida ao continente. Pedro Calado

A finalizar, o vice-presidente do Governo Regional garantiu que vai assumir o compromisso durante os quatro anos e que não vem fazer uma perninha. "Aqui não há perninhas e há um mandato de quatro anos para ser cumprido".