Europa pede reciprocidade aos Estados Unidos na recepção de turistas
A Europa pede "reciprocidade" aos Estados Unidos em relação ao acolhimento de turistas, em particular no que diz respeito à quarentena, como parte da flexibilização das restrições ligadas à covid-19, disse hoje o comissário europeu do Mercado Interno.
"Esta noite iremos falar com o homólogo norte-americano, o responsável pela vacinação naquele país, para discutir especificamente esta questão" da receção dos norte-americanos na Europa e vice-versa, declarou Thierry Breton numa entrevista ao canal de televisão RTL.
"Já recebemos os turistas norte-americanos a partir do momento em que estejam vacinados, desde o momento que tenham recebido as duas doses e cumprido o prazo de 15 dias. Insisto que queremos reciprocidade e falarei sobre isso mais tarde, porque por enquanto ainda temos quarentena nos Estados Unidos" para europeus, disse Thierry Breton.
A União Europeia concordou, em 19 de maio, em permitir a entrada na UE de viajantes de países terceiros que receberam as doses necessárias das vacinas contra a covid-19 autorizadas a nível europeu.
Os viajantes devem estar totalmente vacinados há pelo menos 14 dias, com as duas doses de uma das quatro vacinas aprovadas pela autoridade europeia do medicamento: Moderna, Pfizer-BioNTech, AstraZeneca e Johnson&Johnson.
Bruxelas propôs que não fossem impostos teste ou quarentena a pessoas totalmente vacinadas, mas essas decisões são, em última análise, da responsabilidade de cada Estado membro da UE.
A França, que reabre a partir de 09 de junho o fluxo de turistas de acordo com um código de cores para os países, continuará, por exemplo, a exigir um teste negativo (PCR ou antígeno) para viajantes dos Estados Unidos, vacinados ou não.
Sobre a China, Breton disse que estão "a olhar para a evolução da pandemia".
"Também há reciprocidade. É necessário que desde o momento em que comecemos a receber os turistas chineses, haja a mesma reciprocidade, em situação comparável", disse o comissário europeu.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.723.381 mortos no mundo, resultantes de mais de 172 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.