CMF adquire obras de arte para incentivar produção artística
A Câmara Municipal do Funchal adquiriu uma obra da exposição 'Onde mora a saudade nos retratos emoldurados no interior da finitude da tua memória' de Carla Cabral, e outra da exposição 'Senhor dos Ultrajes' de Gonçalo Ferreira de Gouveia.
A CMF quer fomentar e incentivar a produção artística, cultivando a ideia de que investir numa obra de arte é investir no património. A valorização das artes é um instrumento fundamental para o sector cultural, escreve a autarquia em comunicado, sublinhando que tem um papel crucial para o desenvolvimento equilibrado da actividade cultural.
A mostra 'Onde mora a saudade nos retratos emoldurados no interior da finitude da tua memória', da autoria de Carla Cabral, esteve no Museu Henrique e Francisco Franco até final de Maio. Com um conjunto de dezassete obras com técnica a óleo e colagens, a exposição teve o retrato como mote, tema que tem sido explorado ao longo do percurso da artista plástica. Carla Cabral dedica-se ao retrato/figurativo, envolvendo personagens do seu universo pictórico e vivência. A CMF comprou a obra 'Rosinha, poderia ser só mais um retrato?'.
'Senhor dos Ultrajes' é como se chama a exposição do artista plástico Gonçalo Ferreira de Gouveia e que pode ser vista até 11 de Junho, na Capela da Boa Viagem. Uma mostra de artes visuais que revisita a sensibilidade religiosa em contexto cristão.
Encenada no espaço de uma antiga capela, que por essa via se constitui local privilegiado de diálogo com o sagrado e um enclave adequado à reflexão, a exposição procura responder também a esse ambiente, de um modo sensível e com a subtileza que requerem os tempos. Deste artista, que é também docente na Universidade da Madeira, o município adquiriu a peça 'Como um Rio Infinito'.
Numa altura em que a Covid-19 e consequentes medidas de contenção afectaram diversas indústrias, e sobretudo a da cultura, a CMF pretende apoiar a recuperação do sector através de vários investimentos e apoios para os profissionais da cultura.
"Uma vez que as artes e a cultura transmitem informação e conhecimentos, é cada vez mais importante impulsionar e revindicar um papel activo da sociedade nas instituições culturais. Investir na cultura é investir na sociedade", destaca a autarquia.