Listas de espera acontecem em hospitais em que há diferenciação
Pedro Ramos pretende vacinação massiva no Porto Santo
O secretário regional da Saúde assumiu que a Região conta com listas de espera, mas explica que isto só acontece em hospitais em que existe diferenciação. A prioridade deve ser dada a casos urgentes e emergentes, por forma a reduzir a morbilidade e mortalidade. Pedro Ramos participou, esta manhã, na apresentação da nova equipa de coordenação do Agrupamento de Centros de Saúde, que decorreu no Centro de Saúde da Calheta.
Questionado pelos jornalistas sobre o que se pretende com a nova liderança, o secretário da Saúde lembrou que o Plano de Desenvolvimento Económico e Social da RAM tem quatro eixos estratégicos, entre eles a “valorização e capacitação dos recursos humanos”. A facilidade de acessibilidade para os meios complementares de diagnóstico e questões cirúrgicas; a inovação e desenvolvimento de investigação; e, por fim, dar a possibilidade para que o cidadão contribua com os seus comentários no planeamento da saúde regional.
Pedro Ramos assumiu que as listas de espera acontecem em todos os hospitais em que há diferenciação, “pois tudo o que é emergente acaba por ter prioridade”. “Estas prioridades para as situações urgentes e emergentes permitem que criemos um sistema de saúde sem morbilidade, sem mortalidade e com bons indicadores da saúde”, indica Pedro Ramos, acrescentando ser necessário encontrar forma de ir reduzindo das listas de espera.
O secretário da Saúde indicou que a criação das vias verdes no Sistema Regional de Saúde tem permitido que “haja uma redução na morbilidade e na mortalidade”. “É preciso ver que essa lista de espera, que constantemente tem vindo a ser anunciada, os números não estão correctos, como é óbvio. Antigamente diziam que o SESARAM não apresentava os números. Agora os números estão presentes, mas os números que sistematicamente se apresentam estão sempre a ser alterados, porque há uma dinâmica de funcionamento”, admite o governante, lembrando que o hospital não fechou e continua a operar.
Pedro Ramos ressalva que, apesar de poderem estar mais 100 mil actos médicos em espera, o ano passado, em pandemia, a nível dos cuidados de saúde primários foram realizados mais de 1 milhão de actos clínicos. A nível dos cuidados hospitalares foram realizados cerca de 5 milhões de acros clínicos. “Há números em atraso, mas há também uma grande taxa de execução”, disse.
As obras no bloco operatório vão motivar um empenhamento de meios privados para suprir as necessidades.
Fábio Camacho é o novo coordenador do Agrupamento de Centros de Saúde da RAM; Luísa Freitas será responsável pela zona do Funchal; a zona 1 estará a cargo de Orlandina Figueira; na zona Oeste o responsável será Ricardo Nóbrega; na Zona Este será Ricardo Freitas; por fim, no Porto Santo o responsável será Rogério Correia. Pedro Ramos agradeceu o trabalho feito pelos médicos que deixam agora a liderança destas zonas.
Porto Santo com população vacinada até final de Julho
Pedro Ramos indicou que desde 2020 que a Madeira se preparou para a vacinação em massa, nomeadamente no que concerne à logística de todo este processo. A Região tem direito a 2,5% de todas as vacinas que Portugal recebe, com base num cálculo de percentagem populacional.
O governante assumiu que também a Madeira quer vacinar “em massa” pelas características da Região e da nossa autonomia. “Nós já ultrapassámos as 150 mil doses administradas e até ao final da semana devemos atingir as 100 mil inoculações da 1.ª dose”, referiu Pedro Ramos. Isto significa que 20% da população já tem a vacinação completa.
As 10 mil doses da Johnson, por serem de toma única, vão aumentar a percentagem de vacinação completa na Região.
O secretário da Saúde indicou ainda que faz sentido pensar no Porto Santo como uma região ultraperiférica com a população toda vacinada. “A Madeira transformou o Porto Santo no concelho com mais vacinação de todos os da RAM e, brevemente, até ao final do mês de Julho, toda a população estará vacinada”, assumiu o governante.