Turismo Madeira

Turistas britânicos não entendem saída da Madeira da ‘lista verde’

Britânicos estão “famintos” de férias e não compreendem a decisão do seu governo, explica Alexandra Freitas

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“Os turistas sabem o número de casos activos que temos na Madeira e muitos dos que cá estão, neste momento, não entendem a razão de sairmos da ‘lista verde’”, explica a directora do RIU Palace Madeira, Alexandra Freitas, que acrescenta que “muitos deixarão de viajar não por se sentirem inseguros, mas por terem de fazer confinamento no regresso.”

De acordo com os cuidados e protocolos assumidos pela região, no geral, e pela unidade hoteleira, em particular, com muitas das medidas implementadas cá a não estarem a ser cumpridas no Reino Unido, a responsável avança que os turistas que se encontram no hotel reagiram negativamente à decisão tomada pelo governo de Boris Johnson.

“Agora temos de aguardar para observarmos as verdadeiras consequências da saída de Portugal da ‘lista verde’, que serão com certeza grandes para a Madeira”, exalta. Alexandra Freitas avança que, por enquanto, ainda não se registou um grande número de cancelamentos, sendo que “as entradas para hoje não sofreram alterações, mas nos próximos dias vamos sentir esta alteração de mercado.”

Será durante as próximas semanas que será possível observar o quanto a passagem de Portugal, a par com as regiões autónomas, para a ‘lista amarela’ afectará o destino Madeira. A directora da unidade RIU na região acredita que, como a passagem para a ‘lista amarela’ poderá ser temporária, com reavaliação a cada três semanas, “cremos que os clientes podem escolher adiar e não cancelar as férias, como tanto o cancelamento, como o adiamento é gratuito.”

Para o RIU Palace Madeira o principal mercado emissor é o alemão. Contudo, com a operação da Alemanha a arrancar só para a semana, “neste momento 60% da nossa ocupação pertence ao mercado britânico”, pelo que a despromoção de Portugal para viagens deste mercado “nos afecta muito.” De momento, a idade média dos hóspedes britânicos é “mais jovem”, pelo que “ter de fazer confinamento no regresso equivale a 10 dias de férias que perdem, ou poderá colocar em risco o seu posto de trabalho.”