Mundo deve triplicar esforços durante campanha de vacinação
O mundo deve triplicar os esforços no combate à pandemia de covid-19, sobretudo durante a campanha de vacinação, defendeu ontem o diretor regional para a Europa da Organização Mundial da Saúde (OMS), Hans Henri Kluge.
"Os esforços devem ser triplicados globalmente, especialmente na Europa, no que diz respeito à campanha de vacinação", disse Kluge durante o Fórum Económico Internacional de São Petersburgo, na Rússia.
Kluge sublinhou que os países devem fortalecer a cooperação para derrotar o vírus, frisando que "ainda não saímos da pandemia".
"Todos temos de agir juntos, não podemos fazer isto sozinhos", reforçou o responsável da OMS.
Numa entrevista concedida horas antes, Kluge revelou que uma delegação da OMS está na Rússia para recolher dados sobre a vacina Sputnik V.
"Desde o início estive em contacto com as autoridades russas porque temos uma tarefa pendente sobre a aprovação da vacina. Agora os nossos especialistas estão na Rússia e a sua missão terminará em 04 de junho", disse Kluge à agência TASS.
Terminada a missão, os especialistas da OMS irão elaborar um relatório que "será tido em conta" na certificação da vacina.
O ministro da Indústria e Comércio da Rússia, Denis Mantúrov, disse hoje à margem do Fórum de São Petersburgo, conhecido como "Davos Russo", que as empresas russas têm capacidade para produzir cerca de 30 milhões de doses de Sputnik V por mês para responder às necessidades de imunização da população.
O embaixador da Índia na Rússia, Venkatesh Varma Datla Bala, agradeceu à Rússia a sua cooperação em tempos de pandemia e lembrou que a Sputnik V foi a primeira vacina estrangeira que o país asiático recebeu, tendo sido vacinadas mais de 220 milhões de pessoas.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.693.717 mortos no mundo, resultantes de mais de 171,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.029 pessoas dos 851.031 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.